BIBLION MAGAZINE EDIÇÃO INTERATIVA #4 / JUL-AGO 2017 | Page 11

nossos adolescentes e jovens estão lendo esses livros! Temos de proporcionar-lhes literatura de qualidade, que divirta e entretenha enquanto transmite ensina- mentos e valores cristãos. Eu me vejo como um escritor-gar- çom: analiso as necessidades da igreja e procuro servir-lhe aquilo de que precisa. Não escrevo por escrever, mas sempre com um foco muito claro e com a inten- ção de suprir necessidades que percebo entre meus irmãos e irmãs. Mais do que inspiração, o que me leva a escrever um livro é sempre a percepção de uma ne- cessidade e o desejo de suprir as lacunas percebidas.  B: O Maurício já passou pela idade do personagem principal, Daniel. Tem uma filha que irá ler. Terá sido desafiado. O que significou para si escrever este livro? MZ: Como todos os livros que escre- vo, dediquei-me a “O enigma da Bíblia de Gutenberg” com muito temor e tre- mor, entendendo que não estava apenas pondo palavras em papel ou dando asas à minha imaginação, mas criando uma história que tem o potencial de tocar vidas, mudar atitudes, proporcionar reflexões e aproximar muitas pessoas de Cristo. Eu me dedico a livros de géneros diferentes, mas sempre com o mesmo triplo objetivo: a glória de Deus, a edifi- cação de meus irmãos e irmãs em Cristo e a possibilidade de levar o evangelho a leitores que não têm compromisso com Jesus. É uma enorme responsabilidade. B: Acreditamos, na Biblion, que esta pode ser uma referência na literatura ju- venil, e auguramos uma boa recetividade no mercado português. Que expetativas tem para este livro, e a série, junto dos jovens, em Portugal? MZ: De toda a produção do mercado editorial cristão nos Estados Unidos, 17% são livros de ficção. No entanto, no Brasil, esse índice não chega a 1% e acredito que em Portugal também seja B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA assim. Meu desejo e minha oração é que os livros da série “Aventuras de Daniel” sirvam como um marco que mostre às editoras cristãs que existe, sim, mercado para a ficção cristã e que tudo o que é preciso para alavancar esse género são bons títulos, que sejam bem divulgados e bem distribuídos. Eu ficaria imensamente feliz se esta série despertasse entre o público portu- guês o desejo por consumir esse tipo de literatura, e que levasse mais autores a escrever obras de qualidade e incenti- vasse as editoras a publicar esse género literário por saber que, sim, há um enorme mercado potencial - desde que se invista em divulgação e distribuição. www.biblion.pt 11