Uma fábrica alemã de cultivo de algas está a utilizá-las como combustível para drones. Os investigadores acreditam que ao produzir estes biocombustíveis mais sustentáveis poderão reduzir as emissões de carbono causadas pelos aviões em até 80%.
Segundo um estudo de 2020, as algas vermelhas podem inibir a replicação de alguns vírus, incluindo o coronavírus responsável pela Covid-19, enquanto as algas castanhas estimulam o sistema imunitário do organismo e podem ser um poderoso medicamento contra o VIH.
Sendo capazes de produzir compostos que as protegem das condições adversas dos locais onde se encontram, e mesmo de herbívoros que delas se alimentam, quatro algas da costa portuguesa encontradas entre Peniche e Viana do Castelo estão a ser estudadas. Tais produtos poderão ser usados como soluções mais sustentáveis e naturais nos pomares de pera e maçã promovendo a substituição dos atuais pesticidas, que reduzem a qualidade nutricional das frutas e são apontados como fatores de risco para o meio ambiente e para a saúde pública.
Bem perto de nós, na sede da Nestlé Portugal, em Linda-a-Velha, no projeto PhotoSynthetica, a instalação de uma nova tecnologia com microcultura de algas permite absorver cerca de 7,3 kg de dióxido de carbono, produzir 5,5 kg de oxigénio e 30 kg de biomassa, no período de um ano.
As vantagens do projeto não ficam por aqui. A existência deste conjunto de biorreatores na fachada de vidro visa ainda aumentar a eficiência energética do edifício. Estas microalgas são ainda utilizadas para testar a viabilidade de produzir embalagens biodegradáveis (impressas em 3D com filamentos de algas), e terão grande potencial de utilização como superalimentos ou sendo usadas como fertilizantes.
Eram plantas, são algas e futuramente…
Independentemente das questões inacabadas dos sistemas de classificação, é inegável que as algas também podem desempenhar um papel fundamental em aspetos para os quais o planeta agradece ajuda urgente. ✿