atómica fevereiro de 2025 | Page 14

Na série, o Cordyceps não podia ser tratado e do ponto de vista do professor, tratar certas doenças provenientes de alguns fungos seria tão prejudicial para algumas células saudáveis como o tratamento do cancro com quimioterapia. Por outro lado, a maioria dos fungos não nos infeta porque não consegue suportar a temperatura do nosso corpo ou lutar contra o nosso sistema imunitário. Podem existir 1,5 a 5 milhões de espécies de fungos no mundo, mas apenas algumas centenas causam doenças em humanos.

O fungo da “formiga zombie” pode controlar insetos, mas não desenvolveu a capacidade de fazer dos humanos  marionetes. “…Eles evoluíram para controlar o sistema de neurónios motores das formigas…”  que funcionam de maneira muito mais primitiva do que a complexidade existente nos seres humanos.

Também no ponto de vista de Scott Roberts (professor assistente em Yale), o cenário aqui abordado é improvável, “Existem milhões de espécies de fungos e bolores que não causam quaisquer problemas de saúde a seres humanos e este é um deles”. Ainda explica, “O Cordyceps que infeta uma espécie de formigas não consegue sequer infetar outra espécie de formigas”. Roberts argumenta que mesmo que um fungo mutante encontre uma forma de se alojar num ser humano não há evidências que nos permitem concluir que ele se vai transmitir para outra pessoa.

Concluindo, apesar do fungo Ophiocordyceps unilateralis existir e causar problemas a certos seres vivos,  o mundo retratado em “The Last of Us”  não parece  provável.