Figura 4- Eletroforese em gel de agarose a 1%
Após ser apresentada aos alunos a base teórica que sustenta a atividade prática a desenvolver, deu-se então início à extração do DNA genómico das plantas em estudo (Figura 3):
- Ipomoea batatas (batata doce);
- Gingko biloba (Gingko);
- Ficus carica (figueira);
- Kalanchoe daigremontiana (mãe-de-milhares).
A determinação da integridade do DNA genómico de cada planta e a confirmação da sua concentração e do seu grau de pureza, foram efetuados por eletroforese em gel de agarose a 1% (Figura 4).
Tal processo resulta em bandas, como as que se podem observar na Figura 5, que quando comparadas com bandas provenientes de sequências de DNA de inúmeras espécies distintas, existentes num banco de dados, nos permite obter as informações referentes à planta em estudo, como por exemplo a sua espécie e a sua relação filogenética com as outras plantas estudadas. Na segunda sessão realizou-se uma reação da polimerase em cadeia (PCR), uma técnica que tem como objetivo ampliar fácil, rápida e seletivamente fragmentos específicos de DNA, contribuindo para o objetivo da atividade – comparar as sequências de DNA das plantas estudadas.
A PCR é um conjunto de ciclos sucessivos, cada um composto por três etapas, realizadas a diferentes temperaturas, com o auxílio de um termociclador (Figura 6). Em cada ciclo uma enzima polimerase do DNA (Taq polimerase) polimeriza novas cadeias de DNA entre dois primers (oligonucleótidos de iniciação da amplificação), tendo como molde as cadeias de DNA anteriormente desnaturadas, às quais os primers se ligam por complementaridade.
Os produtos do PCR são visualizados por eletroforese em gel na qual as sequências de DNA fragmentadas se deslocam por ação de uma corrente elétrica de acordo com o seu tamanho, permitindo identificar regiões que apresentem variações na sequência de nucleótidos, possibilitando deste modo a comparação das diferentes plantas estudadas.
Figura 5- Bandas obtidas na atividade
Figura 6 - Termociclador
Por fim, na terceira sessão, foram analisadas as sequências de DNA obtidas, sendo identificadas por uma base de dados a espécie à qual cada planta estudada pertence e a sua relação de parentesco com os restantes plantas estudadas, como se pode verificar na Figura 7.
Figura 7- Filogenia das plantas estudadas.
Atividades como esta são essenciais para que os alunos possam posteriormente fazer uma escolha consciente quanto à carreira profissional que pretendem seguir. E certamente esta visita despertou a curiosidade de muitos futuros investigadores. ■