editorial
o papel da indústria
no desenvolvimento
do varejo
P
Para certas categorias, aquelas que o consumidor já está
habituado a encontrar e comprar num determinado ponto de
venda, esse apoio é muito mais pontual, de caráter promocio-
nal mesmo. Mas naquelas que estão em construção – ou, espe-
cialmente, naquelas que precisam ser construídas no canal – o
apoio da indústria é estratégico e estrutural. É o que acontece
com a categoria de perfumaria no varejo multimarcas. Perfu-
marias e drogarias oferecem um grande potencial para traba-
lhar com essa categoria já não é de hoje. Mas, a verdade é que
a indústria – e nesse caso, o conjunto das indústrias que opera
na categoria e opera no varejo multimarcas – por décadas negli-
genciou a importância do varejo para o sucesso do seu próprio
negócio. Tivessem se organizado minimamente para ajudar o
varejo a construir um mix e um ambiente adequado para a ven-
da de perfumes, hoje teríamos um negócio muito mais pujante.
or muito tempo, a indústria brasileira, espe-
cialmente as pequenas, acusaram o varejo
de extorqui-las, literalmente. Enxovais, ta-
xas de inauguração de loja, verbas promo-
cionais, investimentos em promoções, sor-
teios para as equipes de loja... De fato, na
segunda metade dos anos 1990, com o ad-
vento do gigantismo dos grandes supermercadistas, o custo
de operação era impraticável para as empresas menores, que
não geram nesses pontos de venda volumes equivalentes em
vendas, gerando prejuízos.
É bem verdade que a estratégia de muitas pequenas e mé-
dias empresas naquele momento era a de se manter nos pon-
tos de vendas de grandes redes como uma vitrine, ainda que
com prejuízo. Certo ou errado, era uma decisão de livre ar-
bítrio das indústrias. Como sempre foi também uma decisão
de cada empresa definir em quais canais e varejistas aportar
mais esforços e recursos para alavancar seus respectivos ne-
gócios. Dito isso, é preciso reconhecer que se a indústria tem
interesse em vender no varejo, ela tem um papel fundamen-
tal para ajudar os varejistas a se desenvolver e se aprimorar
para estabelecer um ambiente de vendas e experiência mini-
mamente adequados para que os consumidores comprem os
produtos da indústria nos pontos de venda.
fundador:
José Luiz de PauLa Jr.
editor e Publisher:
aûani Cusma de PauLa
Felizmente, a situação parece caminhar em novas dire-
ções, com algumas das principais empresas com atuação na
categoria desenvolvendo projetos que permitem aos varejis-
tas apostar de forma mais assertiva na oferta de perfumes
brasileiros em suas drogarias ou perfumarias. É um movi-
mento ainda tocada de forma individual por cada players,
mas já é um alento e tanto frente a décadas de negligência.
Boa leitura,
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# 115 | Set-Out 2010