Florestan não se curvou à ditadura militar implantada no Brasil em 1964, fazendo
frente à mesma e chegando mesmo a ser interrogado por sua oposição
sistemática ao regime. Outros nomes de nossas ciências sociais não podem deixar
de ser mencionados, como Celso Furtado - que dedicou grande parte de seus
trabalhos à economia e suas conseqüências para a sociedade - e Darcy Ribeiro,
etnólogo e romancista, que dedicou grande parte de sua vida à questão indígena,
denunciando a aculturação dessa etnia.
Com a abertura política brasileira, a partir da década de 1980, assistimos à
proliferação de nomes da Sociologia e das Ciências Sociais brasileiras no campo
político, como se Florestan tivesse contaminado a todos.
O próprio Florestan, unido a Francisco Weffort e Antonio Cândido de Mello,
engrossou a luta ideológica do PT (Partido dos Trabalhadores). Darcy Ribeiro filiouse ao PDT (Partido Democrático Trabalhista) de Leonel Brizola, chegando a se
tornar vice-governador do Estado do Rio de Janeiro. Fernando Henrique Cardoso,
originário do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e um dos
fundadores do PSDB (Partido Social-Democrata Brasileiro) chegou à presidência
da República (1995-2002).
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O BRASIL EM NÚMEROS
As transformações, como não poderia deixar de ser, estão em curso. O Brasil,
desde 1872, realiza recenseamentos. Quem os coordena, atualmente, é o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
bserve, a seguir, os números da evolução de nosso país. Neles, dados que atestam
a evolução do Brasil nos últimos cem anos de censos oficiais.