Ateneu Sociologia - Introdução | Page 3

O conhecimento científico, embora menos poético e causador de certos desencantos, é rigoroso e evita ambigüidades. Porém nos faz fugir dos dogmas, da alienação e do emotivo, já que busca explicações racionais, sendo a ordem que se segue na investigação da verdade. Para a ciência, não basta observar, mas lançar hipóteses e experimentar para concluir. Devemos ainda levar em consideração outros tipos de conhecimentos como a arte e a mitologia. Mas nenhuma forma de conhecimento é mais ampla do que a filosofia. A transição do mundo feudal para o mundo capitalista ocidental pode ser estabelecida entre os séculos XI e XV. A partir deste mesmo século XV, as transformações são definitivas e não podem ser vistas isoladamente: as formações dos Estados Nacionais Modernos (centralizados na figura do rei absoluto e absolutista), no plano político; as grandes navegações (impulsionadas pela consolidação do capitalismo comercial europeu), no plano econômico; a concretização da busca científica e tecnológica (dentro do plano renascentista), no que tange à estrutura cultural e os questionamentos à visão católica sobre o cristianismo e todos os empecilhos colocados pela Igreja às mudanças citadas, no plano religioso. A expansão ultramarina européia abriu uma nova visão sobre o mundo europeu e sobre o mundo até então desconhecido. O capitalismo comercial ganhou novas dimensões, fazendo surgir a acumulação de capitais no continente europeu, ao mesmo tempo em que a necessidade de atendimento aos mercados abertos gerou novas perspectivas ao sistema.