Segundo a Teoria de Repulsão dos Pares Eletrônicos de
Valência (VSEPR):
1
O arranjo das ligações à volta de um átomo central depende do número de
elétrons existentes;
2
A forma da molécula é determinada pela repulsão entre todos os pares de
elétrons presentes na camada de valência. O arranjo preferencial é aquele
em que tem lugar a minimização da repulsão entre as diferentes orbitais
(maximização da distância entre elas). Esse aspecto já havia sido introduzido
anteriormente por Sidgwick e Powell;
3
O arranjo das ligações à volta de um átomo central depende do número de
elétrons existentes;
4
O par de elétrons livre ocupa maior espaço que um par de elétrons ligantes,
pois este último está sujeito à ação de dois núcleos, enquanto o par de
elétrons livres tem maior liberdade. A repulsão entre dois pares de elétrons
livres é maior que a repulsão entre um par de elétrons livres e um par
ligante ou mesmo entre dois pares ligantes. Como consequência, a presença
de pares de elétrons livres na molécula, força os pares ligantes a ocuparem
um menor espaço, causando uma distorção dos ângulos ideais da ligação.
Na presença de pares de elétrons livres, o ângulo entre pares ligantes passa a
ser menor.
Assim, pela repulsão dos pares eletrônicos remanescentes na camada de valência,
acrecentamos mais dois tipos de geometria, somadas às 5 formas clássicas:
Angular
Quando os elétrons livres repelem os eixos das ligações, a molécula será angular.
O ângulo entre as ligações será tanto menor quanto maior for o número de
elétrons não envolvidos em ligações na última camada do átomo central. O ângulo
para o H2O vale 104º28'