Ateneu Os Lusiadas | Page 14

A Ilha dos Amores (18,C.IX até 143,C.X) É a maior sequência narrativa com unidade de episódio da epopeia. Narra os prêmios oferecidos aos lusitanos pelo contato com as Índias: primeiro um banquete de ninfas, segundo um banquete com várias profecias e em terceiro o sentido da “Máquina do Mundo”, representação cosmológica do Universo. Após a descrição da Máquina do Mundo, a própria mitologia explica o sentido fabuloso dos deuses, revelando que a verdadeira divindade é una e invisível (=Deus). Revela também que a própria mitologia é apenas um ornato literário, sem uma real existência. Ao final os Nautas são levados à condição de deuses, retomando os perigos rumo à pátria. 140 "Mas cá onde mais se alarga, ali tereis Parte também, co pau vermelho nota; De Santa Cruz o nome lhe poreis; Descobri-la-á a primeira vossa frota Ao longo desta costa, que tereis, Irá buscan