Ateneu Geografia - Espaço Geográfico Urbano | Page 11
Entretanto as Revoluções Industriais na Europa e nos Estados Unidos,
na segunda metade do século XIX foi um período de rápida
urbanização. As cidades, que já desempenhavam a função de
mercados consumidores de gêneros agrícolas, tornavam-se focos da
produção de bens industriais destinados tanto ao meio rural quanto ao
meio urbano. Paralelamente o aumento do comércio entre o campo e
a cidade proporcionava o
surgimento de uma
sociedade moderna.
Em meados do século XX,
cerca de 15% da população
mundial encontrava-se em
cidades. Como vimos
anteriormente este processo
nos países pobres ocorreu
muito mais tarde.
Na América do Norte e na
Europa do noroeste, a
urbanização foi levada até
perto do seu limite. Nos Estados Unidos, a maioria da população vive
nas cidades desde a década de 1920 e há pelo menos três décadas a
população urbana corresponde a mais de três quartos do total. A GrãBretanha, pioneira da Revolução Industrial, representa um caso
especial: ela se tornou predominantemente urbana já no final do
século XIX.
Na Europa, alguns países desenvolvidos exibem níveis de urbanização
inferiores a 70%. É o que acontece com Itália, Áustria, Suíça e
Finlândia. Nesses países, parcela significativa da população mora em
vilas de menos de 5 mil habitantes. Trata-se do hábitat rural agrupado
fincado em estruturas muito parceladas de propriedade da terra, cujas
origens remontam aos tempos medievais. Contudo, essas vilas estão
plenamente integradas à economia moderna, urbana e industrial. A
América Latina é a macrorregião mais urbanizada do mundo
subdesenvolvido. Desde 1980, apresenta nível de urbanização
superior a 65% e abriga países que estão entre os mais urbanizados de
todo o planeta, como o Uruguai, a Argentina e a Venezuela. Na maior
parte dos países latino-americanos, contudo, a explosão urbana é uma
realidade recente. Na África e na Ásia, os níveis de urbanização são
muito mais baixos.