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conforto

É recorrente a presença da palavra conforto no discurso

dos arquitetos modernos. A utilização desta palavra

pode retratar uma qualidade ímpar para a arquitetura,

através de uma série de atributos positivos. No Brasil,

a utilização da palavra conforto pelos arquitetos

também era freqüente, principalmente, quando

o discurso estava centrado na moradia. Por meio

dos textos registrados em revistas que veiculavam

as idéias destes arquitetos, foi identificada não só a

freqüência com a qual a palavra conforto aparecia

nesses discursos, mas, sobretudo a importância a

ele atribuída. Este artigo trata do significado do

conforto presente no discurso dos arquitetos que

produziram a arquitetura moderna brasileira no

período de 1925 a 1960.

Witold Rybczynski (1996) esclarece que a aplicação

do conceito de conforto à moradia teve início no

século XVIII, e que esse conceito surge inicialmente

ligado ao conforto térmico. Ainda segundo o referido

autor, essa noção de conforto evolui no tempo.

Partindo da satisfação de um bem estar físico, vão

sendo agregados significados tais como privacidade,

aconchego, eficiência e domesticidade, de acordo

com a inserção sócio-cultural da população.

Aloísio Schmid (2005) aborda o tema do significado

do conforto aplicado ao ambiente construído. Para

ele este significado se transforma, passando do alívio

(ausência do desconforto), para a transcendência,

sendo esta uma elaboração do desconforto, criandose

artifícios de compensação caso ele seja inevitável. A

transcendência é realizada de acordo com a inserção

sócio-cultural do sujeito. Desta forma, para ambos

autores acima citados, há uma transformação da

idéia do conforto, em cujo significado vão sendo

agregados atributos ao longo da história.

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O conforto na arquitetura moderna brasileira

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