ARQ. CULTURA 1ª Edição | Page 56

55 Análise final V isitando os quatro edifícios selecionados para nossa revista, analisamos um pouco do aspecto cultural da nossa cidade e as possibilidades diversas que a nossa população tão heterogênea tem para usufruir. Podemos ousar classificar o Centro Cultural São Paulo como o espaço mais aberto e democrático deles. O Mube e o Tomie Ohtake apesar de linguagens bem diferentes na proposta arquitetônica detém um aspecto mais elitista. O Japan House ainda está em fase de apresentação à cidade, mas uma coisa é muito clara: sua localização em plena Avenida Paulista favorece sua absorção pela população. É uma região de acesso fácil com grande número de pessoas circulando diariamente. Espera-se que isso faça com que as pessoas se sintam muito à vontade para adentrar ao espaço. Acreditamos que a cidade pode e deve ser explorada em todos os seus sentidos e em todos os seus espaços. Manifestações artísticas não precisam ter hora nem lugar pré- determinado para acontecerem, mas os centros de cultura são muito importantes para estimulá- las. Acreditamos que as pessoas têm de se sentir à vontade para explorar e usar os espaços que quiserem para as manifestações com a cultura e arte. E não podemos deixar de comentar sobre a foto da capa, que de maneira icônica nos deixa à mostra o nosso símbolo maior da arquitetura moderna Oscar Niemeyer através da pintura mural do grafiteiro Kobra, muito colorida contrastando com a delicadeza do painel de madeira do Japan House. Isso tudo é possível numa cidade como São Paulo, cosmopolita e eclética nas suas representações de toda ordem. É a cidade dos contrastes e esperamos que possa ser uma cidade mais integrada e inclusiva. Revista ARQ Cultura – 1ª Edição