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Análise final
V isitando os quatro edifícios
selecionados para nossa revista,
analisamos um pouco do aspecto
cultural da nossa cidade e as
possibilidades diversas que a nossa
população tão heterogênea tem
para usufruir.
Podemos ousar classificar o Centro
Cultural São Paulo como o espaço
mais aberto e democrático deles.
O Mube e o Tomie Ohtake apesar
de linguagens bem diferentes na
proposta arquitetônica detém um
aspecto mais elitista.
O Japan House ainda está em fase
de apresentação à cidade, mas uma
coisa é muito clara: sua localização
em plena Avenida Paulista favorece
sua absorção pela população.
É uma região de acesso fácil com
grande número de pessoas
circulando diariamente.
Espera-se que isso faça com que as
pessoas se sintam muito à vontade
para adentrar ao espaço.
Acreditamos que a cidade pode e
deve ser explorada em todos os
seus sentidos e em todos os seus
espaços.
Manifestações artísticas não
precisam ter hora nem lugar pré-
determinado para acontecerem,
mas os centros de cultura são
muito importantes para estimulá-
las.
Acreditamos que as pessoas têm de
se sentir à vontade para explorar e
usar os espaços que quiserem para
as manifestações com a cultura e
arte.
E não podemos deixar de comentar
sobre a foto da capa, que de
maneira icônica nos deixa à mostra
o nosso símbolo maior da
arquitetura moderna Oscar
Niemeyer através da pintura mural
do grafiteiro Kobra, muito colorida
contrastando com a delicadeza do
painel de madeira do Japan House.
Isso tudo é possível numa cidade
como São Paulo, cosmopolita e
eclética nas suas representações de
toda ordem. É a cidade dos
contrastes e esperamos que possa
ser uma cidade mais integrada e
inclusiva.
Revista ARQ Cultura – 1ª Edição