14
www.melinaguterres.com
17. POEMA QUASE INFANTIL
Como duas crianças
Após longas férias da escola
A mesma inocência
O abraço mais sincero
O sorriso mais puro,
A felicidade plena
O reencontro.
Criança ficar
E ele “adultecer”?
Medo!
Se a idade me permite
Envelhecer, que o tempo
Me permita reencontrar
O desejo de se aventurar
Sem pensar nos calos e feridas que possam ficar
Voltou assim, na vida adulta,
Quebrando muros, gelos, inverno.
Tomando conta, aquecendo, transformando
Primavera! Se a vida é uma escola,
Eu ando cansada de estudar,
Que toque o sinal,
É recreio,
Eu quero brincar!
Até parece romance, conto de fadas,
Ele pergunta “tem medo?”
Eu penso “medo”?
Coisa de gente grande,
Preocupada em não sentir nada.
Eu to criança! Medo é coisa de jogador,
Melhor nem jogar.
Se é pra perder ou ganhar,
Prefiro bons amigos,
Um carteado,
Avante!
Loucura ou não,
Sensato e distante da razão,
Pra que pensar,
Se o coração pulsa.
Mas confesso, a pergunta
Mexeu nas estruturas
Por um instante
Me sinto adulta
Senti o coração esfriar
Um passo atrás ficar,
Ele teria medo?
E se eu me entregar?
Canastra, ou truco.
Flor, vale quatro, retruco,
Em verso em prosa, a risada,
A amizade que nada cobra.
Assista em:
https://www.youtube.com/watch?v=8MoeATQQ-v4&feature=youtu.be