COMPOSITOR
Joly
Braga Santos
Texto: João Nabais Aluno de saxofone Orquestra de Sopros de Adultos Orquestra de Sopros e Percussão
No passado dia 14 de Maio, se fosse vivo Joly Braga Santos faria 96 anos. Joly Braga Santos foi um dos mais notáveis e talentosos Compositores Portugueses do século XX. J. B. S., não se limitou apenas à composição, ele foi também chefe de orquestra e professor do Conservatório Nacional de Música, em Lisboa, cidade onde aliás nasceu. Cedo, com cerca de 6 anos, começou no Mundo da Música, depois de fazer os seus estudos musicais no Conservatório Nacional, foram-lhe atribuídas, naturalmente devido aos seus próprios méritos, três bolsas de estudo para a frequência de cursos de aperfeiçoamento no estrangeiro, nomeadamente em Itália, onde em Siena, Milão e Roma concluiu os seus estudos de Direção de Orquestra, Composição e Ciências Musicais(*) Segundo o que o seu biógrafo J. C. Picoto revela, na Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, não obstante a notória influência de Luís de Freitas Branco, pela sua adoção de uma larga construção de raiz Beethoviana, J. B. Santos Compositor, não deixa de revelar características pessoais na sua melodia, onde também ocorre a ação influente de outros dois elementos: o mais antigo do Folclore Português de origem modal e a Música também dos grandes Polifonistas Portugueses do século XVI e XVII, por exemplo, Manuel Cardoso( 1566-1650) e Duarte Lobo( 1565-1646). Isto como influências mais notórias, no dizer do seu biografo, para sua primeira fase do compositor, 1942-1959. É neste período que, em 1950, J. B. S. se estreia como Maestro. Na 2 ª fase, a partir de 1961, a sua produção caracteriza-se por um emprego crescente do cromatismo(**). Da sua vasta obra destaca-se, na 1 ª fase, as quatro Sinfonias, nomeadamente a 4 ª – Hino à Juventude- As Variações sobre um Tema Alentejano- além das Óperas, Viver ou Morrer e Mérope. Na 2 ª fase, Sinfonieta para uma orquestra de cordas, Ode à Música, a Sinfonia n º 5 e a ópera Trilogia das Barcas.
40 andamento | verão 2021