Anayde- Revista de Cultura Feminista Out.2017 | Page 3
Raquel Stanick e Mabel Dias
Carta da Redação
Anayde- Revista de Cultura Feminista
revistaanayde.blogspot.com
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Diretora-Geral Raquel Stanick
Editora-Chefe Mabel Dias
Editora de Conteúdo Mayara Vieira
Conselho Editorial Cris Estevão, Glória Rabay,
Madalena Zaccara, Michelle Agnoleti, Sandra
Raquew Azevedo e Thamara Duarte
Colaboradoras desta edição
Matérias
Adriana Torres Ferreira, Aline Cardoso, Aline
Daka, Anna Apolinário, Archidy Picado Filho,
Ariel Coletivo Literário, Cassandra Figueiredo,
Cleonice Lopes, Cris Estevão, Érika Koblitz
Essinger, Geni Mariano Guimarães, Guilhermi-
na Velicastelo, Kalyne Lima, Letícia Palmeira, Li
Vasc, Luciana Nepomuceno, Madalena Zaccara,
Mayara Vieira, Mika Costa, Mônica Ferraz,
Nádia Larissa, Raquel Ferreira, Tatiana Fraga,
Taty Valéria, Thaïs Gualberto, Thamara Duarte,
Valha o que é isso?, Wilma Martins de Mendon-
ça, Welber Luis dos Santos.
Ilustrações
Aline Daka, Guilhermina Velicastelo, Thaïs
Gualberto, Vanessa Cardoso, Yanara Vieira
Fotografias
Bárbara Cunhã, Cris Calaço, Dani Calaço, Estef-
fane Pereira, Gilliard, Laís Domingues, Li Vasc,
Marcelo Piras, Marília Cacho, Mateus Sarmento,
Nayanne Maia, Rafael Passos, Raquel Stanick,
Rayra Martins, Vanessa Cardoso, Wênio Pinhei-
ro
Capa
Yanara Vieira
Cartas para a Redação
Rua João Fiúza Chaves, 195, Portal do Sol
CEP: 58046-765- João Pessoa, PB
[email protected]
É permitida a reprodução de conteúdo da revis-
ta, desde que citada a fonte.
Anayde- Revista de Cultura Feminista (ISSN) é
uma publicação bimestral produzida e de auto-
ria de Stanick - Ateliê de Ideias (CNPJ:
24.696.552/0001-44)
Jornalista Responsável Ednamay Cirilo Leite
É com muita alegria que apresentamos Anayde – Revista de
Cultura Feminista , que trata de temas ligados ao universo da cria-
ção artística e cultural das mulheres paraibanas, dando, assim, nos-
sa parcela de contribuição local e pessoal ao fenômeno conhecido
como Primavera Feminista .
Tomando como base o feminismo interseccional, nossa primei-
ra edição buscou desvelar alguns dos processos da construção de
uma suposta identidade coletiva local através da assimilação de
conhecimentos, especificidades e problemáticas do tornar-se mu-
lher dentro da cultura paraibana, entendendo-a como uma cons-
trução a partir de relações complexas que envolvem um olhar de
dentro para fora e de fora para dentro, mas que mantém uma su-
posta unicidade a partir do mesmo território afetivo que comparti-
lhamos.
E mesmo com esse papo “pra lá de Marrakesh”, também nos
pretendemos com bom humor e igualdade, entendendo Cultura
como uma rede que se materializa na produção e fruição de obje-
tos culturais, composta de saberes e fazeres dos mais diversos.
E por que Anayde ?
Professora, poeta, cronista e escritora paraibana, Anayde Beiriz
ocupou papel fundamental no cenário cultural dos anos 20 na Pa-
rahyba e revolucionou os costumes da cidade. Como afirmou Maria
da Penha Beiriz (Mapê), sobrinha da ativista:
“Em nossos dias é inconcebível distorções a respeito de uma
pessoa dotada de inteligência brilhante e proativa, como bem a
retratou seu biógrafo José Joffily no livro Revolta e Revolução: Cin-
quenta Anos Depois , que continua sendo ‘tema’ para historiadores,
cineastas, teatrólogos e estudantes universitários. Assim, temos
muito orgulho e respeito por sua obra literária, que reputo de
grande peso.
“Estrela do passado que o ostracismo jamais conseguiu tirar o
fulgor. É que, no mar da existência, às vezes somos calmaria, outras
vezes tempestades que ondulam sonhos, deixam rastros.
“Por isso, abaixo todo preconceito! Ela já foi absolvida pelos
ventos revisionários que a nada se prendem. Com seu exemplo,
nos ensina a enxergar a vida além das muralhas aparentemente
indestrutíveis.”
E foi assim, tentando seguir estes rastros, muitos dos quais qua-
se que apagados pela tentativa de invisibilizar a criação das mulhe-
res em todos os campos da cultura (e ao longo da história), que foi
se formando um time de mulheres competentes, comprometidas
com o delicado e brutal processo de formar opiniões numa socie-
dade que entendemos ainda misógina, violenta e hierárquica.
São elas que estão escrevendo sua própria história na cultura
paraibana e brasileira. Mesmo que incomode. Querendo incomo-
dar. Aqui, agora e nas páginas que se seguem. Para que, um dia,
elas, suas filhas e netas, possam viver suas vidas da forma que qui-
serem. Inclusive tendo como preservar suas memórias e continuar
a contar mais sobre quem somos.
Boa leitura!