ANALISE REVISTA | Page 9

CRIAÇÕES E CRTÍCAS DA DITADURA Nota-se que dentro de um governo deve-se ter um poder central capaz de manter a ordem social, como diria Thomas Hobbes, por meio do contrato social, onde deve-se transferir parte das liberdades a uma figura central poderosa, no caso o Rei, com sua vontade sendo maior que a do indivíduo e que deve agir em prol do todo, não do indivíduo. Apesar de antiquado, é uma lição que deve ser levada até hoje. Um exemplo de falha de um governo unido era do de João Goulart, o último presidente antes do período militar. Seu governo, ao assumir, era marcado por uma crise financeira, com altos índices inflacionários, recessão econômica e alta dívida externa, uma crise política da população e um governo dividido, tendo conservadores, liberais, socialistas e nacionalistas. Suas reformas de base e seu plano de colocar o Brasil em ritmo de crescimento comparável aos anos 50 também não tiveram sucesso. Além disso ele falhou em criar um governo que seja capaz de totalmente alegrar a todos, só a camada de esquerda e pelos camponeses do nordeste, que tinham na sua agenda reformas que iam contra aos interesses das classes conservadoras, como a reforma agrária e legalidade do PDC. Usando as concepções de Gramsci, todas essas pequenas políticas feitas por João Goulart foram ineficazes, e acabaram ocasionando uma grande política: O Golpe de 64, onde houve uma mudança real dentro da sociedade, com o governo sendo centralizado novamente, claro que se para melhor ou pior está aberto, mas vale citar que esse golpe que também fere o conceito de John Locke da estruturação da sociedade, em que a soberania não deve estar no Estado, e sim na população, ou seja, o estado deve assegurar as liberdades individuais e promulgar leis pela população.