CRIAÇÕES E CRTÍCAS DA DITADURA
Nota-se que dentro de um governo
deve-se ter um poder central capaz de manter
a ordem social, como diria Thomas Hobbes,
por meio do contrato social, onde deve-se
transferir parte das liberdades a uma figura
central poderosa, no caso o Rei, com sua
vontade sendo maior que a do indivíduo e que
deve agir em prol do todo, não do indivíduo.
Apesar de antiquado, é uma lição que deve
ser levada até hoje.
Um exemplo de falha de um governo
unido era do de João Goulart, o último
presidente antes do período militar. Seu
governo, ao assumir, era marcado por uma
crise
financeira,
com
altos
índices
inflacionários, recessão econômica e alta
dívida externa, uma crise política da
população e um governo dividido, tendo
conservadores,
liberais,
socialistas
e
nacionalistas. Suas reformas de base e seu
plano de colocar o Brasil em ritmo de
crescimento comparável aos anos 50 também
não tiveram sucesso. Além disso ele falhou
em criar um governo que seja capaz de
totalmente alegrar a todos, só a camada de
esquerda e pelos camponeses do nordeste,
que tinham na sua agenda reformas que iam
contra
aos
interesses
das
classes
conservadoras, como a reforma agrária e
legalidade do PDC. Usando as concepções de
Gramsci, todas essas pequenas políticas
feitas por João Goulart foram ineficazes, e
acabaram ocasionando uma grande política:
O Golpe de 64, onde houve uma mudança real
dentro da sociedade, com o governo sendo
centralizado novamente, claro que se para
melhor ou pior está aberto, mas vale citar que
esse golpe que também fere o conceito de
John Locke da estruturação da sociedade, em
que a soberania não deve estar no Estado, e
sim na população, ou seja, o estado deve
assegurar as liberdades individuais e
promulgar leis pela população.