@akmxoficial About Work by AKMX | Ano.01 | Ed.02 | Mar.2020 | Page 6

ESCRITÓRIO OPEN SPACE: A SOLUÇÃO DE TODOS OS PROBLEMAS 01 Há quem defenda, há quem critique. Quando o assunto são escritórios open space, as soluções devem ser estudadas caso a caso: privacidade, acústica e falta de concentração são fatores que devem ser levados à tona. Em contrapartida, a democracia, agilidade de informação e uma cultura cooperativa são grandes pontos positivos. O mundo ideal é a análise de tudo isso aliada a uma combinação de ambientes, formas de uso e fraciona- mento de áreas mais populosas. GASTAR COM PROJETO PRA QUÊ? “SER FACILITY ESTÁ NO DNA DAS MULHERES.” 02 Podemos garantir que ele pode ser o meio de redução de custos para sua obra. Você já viajou sem planejar nada e ao fim da viagem se deu conta que gastou além das expectativas? Esse é um bom exemplo para obras realizadas sem projeto. O projeto é o planejamento técnico e tático da obra. Além de minimizar erros e imprevistos, aponta soluções mais econômicas e práticas para a obra. Não é gasto, é investimento. Em homenagem ao mês dedicado às mulheres, convidamos Pa- tricia Carreto, arquiteta e gerente de projetos de varejo no grupo Travelex Confidence a compartilhar sua rotina de vida e negócios. Patrícia atua na expansão da rede de câmbio, com a implantação de novas lojas e retrofit das existentes gerenciando os projetos e obras de padronização arquitetônica no Brasil. Quem é a Patrícia no dia a dia, fora do ambiente de trabalho? Sou uma mulher atual que busca diariamente apenas uma coisa: ser feliz. “Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda.” – Carl Gustav Jung. Minha busca por autoconhecimento é a chave para uma vida simples, vitoriosa e prazerosa. A vida nos convida ao encontro com nós mesmos. Esse encontro nos traz mais confiança e nos capacita a transformarmos nossa realidade, a do nosso país e por quê não a do planeta? Essa condição eleva a nossa auto estima e nos empurra para uma constante busca de evolução pessoal. Quando cultivamos o nosso melhor dentro de nós, nos tornamos capazes de trazê-los para o mundo e contagiar a todos. É essa diferença que quero fazer: contagiar a todos com a energia da mudança e a visão ativa de um mundo melhor. Como você descobriu o universo de facilities e o que te faz diariamente viver e atuar nesse mercado? O arquiteto deve estudar a lógica de uso dos espaços. O projeto deve ser estetica- mente bonito mas acima de tudo, deve ser funcional. Isso me levou para essa área e nela atuo por mais de 25 anos. Gosto de ver o quanto a arquitetura pode influenciar o bem estar das pessoas e proporcionar bons resultados para o empreendimento. No varejo, especificamente, nos empenhamos em estreitar o relacionamento entre clientes e marca, afim de fazermos parte do dia a dia daquelas pessoas. Não menos importante, é também proporcionarmos um ambiente de trabalho con- fortável aos colaboradores. Além disso, pode ser um clichê dizer que essa área é apaixonante, não é? No que seu trabalho se parece com seu dia a dia como mulher, mãe, esposa, etc? Ao longo da história, podemos afirmar que a “busca incansável por soluções” é real e ativa na vida das mulheres. Esse “DNA” contribui para o dia a dia no trabalho como facility? Sim. A mulher traz isso em seu DNA há séculos. Não apenas neste setor, mas também nos mais diversos mercados de trabalho. A vida é nossa primeira escola de especia- lização: planejamento, cuidado, entendimento do dia a dia, resolução de conflitos e tantas outras características são aplicadas às nossas funções de diárias. Temos tempo para tudo. Com o passar do tempo, mostramos que não nascemos somente para arrumar a casa. Somos mais. Somos mães, esposas, também donas de casa, trabalhamos, estudamos, ensinamos. Ganhamos expressão em tudo que nos propomos a fazer. Os obstáculos existem, mas não nos impedem a exercer nos- sas funções com dedicação e crescimento constante. Ser facilities está no DNA das mulheres, não acham? Ainda existem desafios a serem explorados pelas mulheres facilities? A área de facilities traz desafios diários às empresas. Uma forma de atuação mais estruturada baseada num melhor gerenciamento dos processos, não somente às mulheres mas a todos, traria uma mudança significativa nos resultados. O que você tem buscado, em técnica e conhecimento, que ajuda em sua perfor- mance como facility? Faço questão de estar presente, sempre que posso, em eventos, feiras e congressos. Este formato de conhecimento é muito importantes para qualquer área. Atualmente busco metodologias focadas em gestão e processos. Elas tem me auxiliado a ge- renciar projetos, simplificando processos e alavancando resultados com informações precisas, confiáveis e de valor, proporcionando maior segurança nas tomadas de de- cisões. Tenho uma profissão muito intensa. Estou a cada dia em um lugar diferente, outro es- tado, ou as vezes até em outro país. Preciso de uma adaptação rápida para cada novo lugar. Assim acontece na minha vida de esposa e mãe, me adapto às transformações da idade, assim como as mudanças do mundo corporativo. O que o seu trabalho traz de aprendizado e evolução para sua vida? Também me apaixonei pela área acadêmica ao longo da minha carreira atuando como professora. Talvez por ser mais uma forma de influenciar e envolver as pessoas através da arquitetura. Fico feliz em ver alunos atuantes no mercado, multiplicando os mesmos desejos que os meus. Qual ou quais mulheres te inspiram? Como você enxerga a presença feminina no mercado de facilities? Minha maior inspiração é minha mãe, com quem aprendo diariamente a ser forte e acreditar em um mundo melhor. Ela é minha “fortaleza de saias”. Também não pode- ria deixar de falar da inspiração de força que minha filha me traz através de sua per- severança em fazer a diferença. Ela me faz acreditar que ainda mudaremos o mundo. Uma pesquisa realizada pela ABRAFAC em parceira com a Polo Pesquisas, revelou dados importantes para o setor de facilities. O percentual de atuação é de 69,46% de homens e 30,54% mulheres, ainda muito desigual. Isso também se reflete também em remuneração. O crescimento tem sido rápido e exponencial. As mulheres tem se posicionado, pro- tagonizando mudanças primordiais que contribuem para evolução sustentável deste mercado. A área de Facility Managemant é relativamente nova no mercado brasi- 6 leiro, assim como a presença feminina neste setor. Fazemos a nossa parte. Temos nos especializado a cada dia em busca de resultados expressivos para este mercado. Meu trabalho movimenta minha vida. Anseio crescimento, evolução, e disseminação do meu conhecimento ao mercado. Eu tenho algumas mulheres que me inspiram pela causa que apoiam e pela coragem que tiveram em seguir seus ideais, como Coco Chanel, Lady Di e Rachel Maia. Neste mês homenageia às mulheres, qual mensagem você deixaria não só para elas mas para o mundo que está a sua volta? CARPETOLÂNDIA: O MUNDO DOS ÁCAROS E BACTÉRIAS PÕE PLANTA E TÁ TUDO CERTO! 03 A nova tendência dos escritórios, descola- dos ou não: biofilia. E isso não se resume a encher o escritório de plantas. Oposta ao impacto construtivo das cidades, a biofilia resgata o laço “homem e natureza” aos escritórios. O resultado: bem estar e mais produtividade. As soluções vão além do paisagismo: luz natural, texturas madeira- das, cores, estampas, mobiliário. Isso sim é biofilia. EM UM MUNDO DE ‘FAKE NEWS’ NEM OS ESCRITÓRIOS SÃO POUPADOS 04 Já podemos mudar o discurso. A indústria da tapeçaria corpo- rativa há tempos tem se reeinventado: amparados por novas tecnologias que proporcionam maior durabilidade, facilidade de manutenção e economia, hoje, além da fácil instalação dos carpetes, temos a garantia de proteção microbiana, conforto acústico, desenhos e texturas criativas e experiências táteis aos usuários. Os ácaros perderam a vez. SEMPRE FALTA SALA DE REUNIÃO 05 Qual a necessidade de tantas salas de reu- niões? As reuniões? Errado! É importante entender a realidade de cada uso. Isso está ligado diretamente as regras e cultura das empresas. Ao invés das salas de reuniões, áreas de café, salas de call ou meeting points próximas ao staff, além de mais convidativas, otimizam espaço, tempo e comunicação entre colaboradores. O CHEFE É QUEM MANDA NO LAYOUT 08 A alta liderança deve estar envolvida na con- dução, no desenvolvimento do projeto. Po- rém, não deve ser a única. Decisões unilate- rais não atendem à real necessidade de um novo ambiente corporativo. Quem vai utilizar o espaço? Ouça essas pessoas. O ambiente deve se adequar a rotina delas. Essa prática gera economia, minimiza desconfortos físicos e comportamentais, além de ser uma ótima forma de engajar o time. SE É INOVADOR, É DIFERENTÃO 06 Nem sempre. Estilo não é mais importante que a forma de uso. Para ambientes ágeis por exemplo, é necessário entender qual a meto- dologia usada naquele espaço. O estilo deve potencializar resultados e não roubar a cena. A resposta certa é adequar o estilo ao uso. Nada adianta um ambiente de alta concentração ser composto por elementos distrativos. Um am- biente clean, em alguns casos, funciona. O TAMANHO DA MESA É QUE MANDA 09 Os cargos da sua empresa ainda estão direta- mente associados ao tamanho das salas e me- sas de seus colaboradores? Essa prática tem sido desestimulada nos escritórios. A proposta são ambientes cada vez mais democráticos e coletivos. Devem promover a integração e ofe- recer flexibilidade às pessoas. Pontualmente, o colaborador opta pelo espaço que lhe ofereça melhores condições de produtividade na tarefa a ser executada. Isso parece uma novidade, mas não é. #ficaadica TUDO QUE É BONITO CUSTA CARO 07 A relação entre beleza, criatividade e econo- mia existe. Acredite. Ser criativo não significa somente compor o projeto com ideias mira- bolantes e onerosas. De fato, isso inviabiliza a execução de muitos projetos. O segredo na maioria dos casos está no budget: ele pode ser a premissa do projeto de arquitetura, aliando grandes ideias a expectativa de investimento. Menos desgaste, melhores resultados. SIMPLES: 20 PESSOAS, 20 MESAS! 10 Estudos apontam que cerca de 20% a 30% dos colaboradores estão fora de suas estações du- rante um dia de trabalho. Férias, licenças, reuni- ões, home office e tantos outros fatores são con- siderados. Aliar esse potencial de trabalhar com menos mesas à rotina de seu escritório sugere talvez uma otimização de espaço ou mesmo um maior número de ambientes colaborativos. Estas condições estão diretamente associadas a rotina e cultura da corporação, portanto varia caso a caso. Intuição e Coragem. A atuação da mulher será essencial na evolução e transformação do nosso planeta. 7