O BÁRBARO FILÓSOFO
Era uma vez, um jovem, chamado Wagner, pertencente a uma tribo de Visigodos, um famoso povo bárbaro, conhecido por sua bravura.
O jovem era um típico rapaz da tribo, forte e destemido. Adorava lutar com seus irmãos e era um grande guerreiro, imbatível, tirando todos inimigos do seu caminho.
No entanto, não era apenas de guerras e lutas que vivia o rapaz. Ele diferenciava-se de todos outros de seu povo, pois amava a leitura.
Era um intelectual, com grandes habilidades de comunicação e sempre sedento por novos conhecimentos.
Conhecia o mundo através de seus livros, analisando-o como um filósofo. Adorava investigar as coisas em busca dos princípios que explicassem sua realidade. Almejava por respostas baseadas na racionalidade.
Um dia, o jovem bárbaro conheceu uma moça bárbara tão forte e destemida quanto ele. Casaram-se e tiveram duas filhas.
Foi um pai simplesmente maravilhoso. Fez questão de educá-las emocionalmente sadias, convidando-as à reflexão moral e à compreensão de si mesmas e do mundo. Ensinava-as a possibilidade de construir novas compreensões de tudo que as rodeava. Ensinou-as a serem, também, guerreiras e duronas.
O grande guerreiro sábio tornou-se avô, com um elo mágico com suas netinhas. Sempre carinhoso, adora passar seus conhecimentos para as meninas. Recentemente, o bárbaro, já envelhecido, teve que colocar novamente sua roupa de guerra, para enfrentar uma das lutas mais árduas e complexas de sua vida: um dragão, uma doença que não gostava de fazer reféns. E como sempre, saiu vitorioso, por ter utilizado suas ferramentas de guerra mais valiosas: a sabedoria e sua indescritível força.
Seu clã ficou em festa!!