Agenda do Viajante Edição#5 | Page 55

MULHERES Pediu ajuda a Cleusa, que lhe ex- plicou que não tinha a menor noção de como fazer um bolo. Rosa insistiu, iria ajudá-la em cada etapa, da massa ao recheio. E deu certo: o bolo fi cou lindo e saboroso, agradando a todos. Separada e com um fi lho pequeno para criar, esse complemento fi nanceiro poderia ajudar Cleusa. A compra de uma batedeira foi fi nanciada por Rosa, sua maior incentivadora, que ainda se propôs a comprar seus bolos quinzenalmente e indicar seus clientes. As encomendas começaram a au- mentar, e Cleusa já nem dormia mais trabalhando durante o dia na empresa e à noite fazendo bolos. Chegou a um pon- to de não ter mais condições de fazer os dois, e optou pelos bolos. Com o dinheiro da rescisão de seu irmão, eles abriram sua primeira loja. Logo, depois Cleusa abriu mais uma loja com uma amiga, e em pouco tempo estava com quatro lo- jas. Um cliente que sempre comprava bolo para levar para sua esposa insistia para que ela abrisse uma franquia em São Paulo. De tanto ele falar nisso, Cleusa foi fazer o curso de franquia em São Paulo, na Associação Brasileira de Franchising – ABF. Esse cliente foi seu primeiro fran- queado, na Vila Guilherme, e a partir dele surgiram centenas de interessados. Perguntamos para Cleusa qual o segredo do seu sucesso: “Paciência, aci- ma de tudo, com foco e sabedoria. Saber comandar sem mandar, com- partilhar, aprender e ensinar. A luta foi dura. Não foi fácil adminis- trar falta de dinheiro, casa, fi lhos, marido e empresa. Foram algumas horas de choro embaixo do chuveiro mas depois vinha a solução do problema. Não nasci para ser dona de casa nem depender de ninguém. Nunca tive difi culdades ou precon- ceitos por ser mulher. Tudo tem um preço, mas todo o meu esforço valeu a pena!” AGENDA DO VIAJANTE I 55