com traços sem perspectiva e visível quando fez a série “JARDIM DAS
deficiência na aplicação de cores, tex- FLORES”, exposta em setembro de
turas e sombras.
2011, na Galeria do Teatro Municipal
de Ilhéus.
A estética desta arte pode ser definida
como sem compromisso com a arte Depois disso, vem realizando diversas
real, pois mistura de cores sem estudo exposições individuais e coletivas, em
detalhado de combinações e as linhas vários espaços culturais e eventos na
possuem traços sempre figurativos e cidade de Ilhéus. Também tem particibidimensionais. Afirma-se que este pado de exposições coletivas em outros
tipo de arte possui liberdade estética e estados brasileiros a exemplo de São
pode ser resumida como uma arte livre Paulo e Rio de Janeiro, e fora do país.
de convenções. Críticos dizem que em Considerando-se a ótima receptivitermos gerais, a Arte Naif é concebida dade que vem tendo seu trabalho e o
por artistas que pintam com a alma, significativo currículo construído em
diferente da arte desenvolvida por ar- apenas três anos, vê-se que desta vez a
tistas acadêmicos, que pintam apenas arte chegou na sua vida para ficar.
com o cérebro, não expressando sentimento.
E completa: “Considero que faço uma
arte em “estado bruto” onde expresNascida no Rio de Janeiro em 11 de so sentimentos da forma possível prá
março de 1962, Jane Hilda se diz mim. Minhas pinturas são expressão
“baiana da gema”, pois com
meses de idade mudou-se para
Ilhéus, onde possui suas raízes
familiares. Já na adolescência
envolveu-se com teatro e poesia, sentido, de alguma forma,
a arte correr em suas veias.
Dedicou-se também ao jornalismo como uma das editoras
da ILHÉUS REVISTA, e como
Assessora de Imprensa da
Fundação Cultural de Ilhéus.
Formada em Direito desde
1991, obteve o título de Mestre
em 2005 (UFPE).
É advogada e professora concursada da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC.
Por duas vezes (em 1991 e em
2000) iniciou com suas pinturas, sem, entretanto, ter dado
continuidade. Mas a inspiração contida explode em 2011,
do meu espírito. Não me interesso em
ter uma arte acadêmica. Essa não é, e
não será, a minha linguagem. Minha
opção é pela linguagem artística da
liberdade.
Pinto sem medo, sem amarras, sem
professor, sem escola. De qualquer
sorte, posso até dizer que sou autodidata, porque jamais passei perto de uma
exposição, de uma obra de arte, de um
livro dos grandes pintores, sem olhar
atentamente para tudo isso.
Visita em Museus, em Paris, o D”Orsey
dos impressionistas ou a visita ao Louvre, por exemplo, não deixa de ser uma
grande aula, assim como também os
momentos de apreciar os pintores na
beira do Rio Sena...há uma bagagem de
observação e finos sentimentos, portanto. E isso é tudo!”