Janeiro / Fevereiro 2023 | A Voz dos Reformados 5
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pelo aumento das reformas
aspirações e a agir em defesa do direito de envelhecer com direitos e com qualidade de vida ». Manuela Morais , da Federação do Porto , alertou , entre outros problemas , para o facto de naquele distrito existiram , segundo o Instituto Nacional de Estatísticas , 102 mil idosos com condições precárias de habitação .
Aumentos insuficientes Em Coimbra , Maria Celeste Baptista , da Direcção do MURPI , salientou que o aumento das reformas deste ano « não chega para fazermos face à escalada dos aumentos dos preços na habitação , nos bens e serviços essenciais , na energia e nos bens alimentares ». « O aumento poderia ter sido , de facto , histórico se o Governo tivesse aumentado as reformas de acordo com a inflação , como preconizava a Lei . Só que , optando por suspender essa lei , o Governo conseguiu , com tal habilidade , reduzir para metade o aumento a que tínhamos direito , acentuando assim o empobrecimento de milhares de reformados e pensionistas que têm como única fonte de rendimento a sua pensão », lamentou . O tema foi igualmente denunciado pela Inter-Reformados , que , em Lisboa e no resto do País , fez as contas : uma pensão de 400 euros deveria ter este ano um aumento de 33,60 euros e teve 19,32 euros ( menos 14,28 euros ); uma pensão de 650 euros deveria
ter um aumento de 54,60 euros e teve 31,39 euros ( menos 23,21 euros ); uma pensão de 900 euros deveria ter um aumento de 75,60 euros e teve 43,47 euros ( menos 32,13 por cento ). Em Évora outras contas foram feitas : o leite aumentou 63 por cento ( de 0,48 para 0,78 euros ), o queijo 71 por cento ( de 2,45 para 4,19 euros ), o arroz 29 por cento ( de 0,89 para 1,15 euros ), a pescada fresca 49 por cento ( de 4,07 para 7,99 euros ) e o bife de peru 33 por cento ( de 5,35 para 7,99 euros ). « Nunca o poder de compra das remunerações do trabalho ou das reformas e pensões perderam tanto num só ano como em 2022 em que a inflação média verificada se situou nos 8,4 por cento », lê-se num documento distribuído à população . Casimiro Menezes , presidente da Assembleia-Geral do MURPI , alertou para a situação de milhares de utentes que « aguardam uma consulta sempre adiada e não marcada por falta de médicos », para o « elevado custo dos medicamentos » e a « dificuldade na realização de exames e de análises , para não falar do caos que se vive nos serviços de urgência por este País fora ». Simultaneamente , em Setúbal , Barreiro e Almada avançaram-se com outras exigências , como um passe nacional para reformados ; médico e enfermeiro de família para todos os reformados ; apetrechar com meios técnicos e humanos os centros de saúde e hospitais , para que sejam prestados cuidados de saúde humanizados e de qualidade .
ÉVORA
COIMBRA
GRÂNDOLA PONTE DE SOR
BRAGA BARREIRO