A Voz dos Reformados - Edição n.º 179 Setembro/Outubro 2022 | Page 6

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A voz dos reformados, pensionista

No dia 7 de Outubro, os reformados, pensionistas e idosos de todo o País fizeram ouvir, uma vez mais, a sua voz, numa ação descentralizada do MURPI para exigir a reposição do poder de compra das pensões e contra o aumento do custo de vida.
Coimbra, Lisboa, Évora, Leiria, Porto, Beja, Setúbal, São João da Madeira, Trancoso, Viseu, Sines, Faro e Funchal foram alguns dos locais onde foi lida uma intervenção central onde o MUR- PI assume-se como parte ativa na luta por uma nova pedagogia sobre o envelhecimento, com o contributo e objetivo de unir e organizar os reformados, pensionistas e idosos na defesa dos seus direitos, expressando aos poderes políticos « medidas e soluções » que assegurem um envelhecimento com dignidade e direitos. Foi ainda dado a conhecer o documento
« Emergência »( pág. 3) e, como não podia deixar de ser, denunciou-se a decisão do Governo de pagar meia pensão em Outubro( pág. 2), o que « não repõe o poder de compra perdido no ano de 2022 ». Ainda sobre o não cumprimento da Lei 53-B / 2006, dá-se o exemplo: « Para uma pensão de 500 euros o aumento seria de 40 euros, sendo que com a decisão agora tomada será de 22 euros ». O MURPI entende que é fundamental valorizar as pensões substitutivas do rendimento do trabalho, no âmbito da Segurança Social pública, universal e solidária assegurando a reposição
anual do poder de compra de todas as pensões, valorizando-as.
Beja
Travar o aumento do custo de vida! À semelhança do que aconteceu no resto do País, na tribuna pública realizada em Lisboa, na Praça de Londres, junto ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Isabel Gomes, presidente do MURPI, destacou a necessidade de ser criado um cabaz de produtos e serviços essenciais – produtores alimentares( pão, lacticínios, leguminosas, peixe, congelados, ovos, carne, frutas e hortícolas
), electricidade, gás, habitação com regulação de preços. « É fundamental a fixação dos preços dos alimentos, combustíveis e rendas de casa. Não aceitamos que as pensões continuem a minguar e os lucros a aumentar », salientou, condenando « os lucros da banca, das petrolíferas, da energia e da grande distribuição », que « são um atentado a quem vive da sua pequena reforma » e « profundamente escandalosos e reveladores da acentuada desigualdade social na repartição da riqueza ». As reivindicações do MURPI estendem-se à redução das taxas do IVA
Leiria
do gás e electricidade de 23 por cento para seis por cento e a redução do preço da bilha de gás. Paralelamente, é preciso um caminho de justiça na tributação fiscal, que vise uma justa distribuição da riqueza, e seja criada uma contribuição extraordinária de solidariedade sobre os lucros das grandes empresas que continuam a crescer de forma escandalosa a pretexto da guerra e das sanções. São também « urgentes » e « absolutamente » necessárias medidas de reforço de apoio financeiro às atividades das associações de reformados, pensionistas e idosos, sem esquecer a importância dos Centros de Dia e de Convívio para que possam contribuir para o retomar da sua atividade, combatendo o isolamento social e promovendo o convívio e a fruição saudável dos tempos livres. Estas propostas, segundo o documento lido Isabel Gomes, que encerrou a ação de Lisboa( bem como dos outros locais), « devem ser implementadas desde já », sem prejuízo das que o MURPI apresentará no seu Caderno Reivindicativo para 2023 no quadro da discussão do Orçamento do Estado, em que se destaca « a urgência de medidas de reforço do Serviço Nacio-
Faro
nal de Saúde( SNS), bem como na rede de equipamentos e serviços de apoio à terceira idade, sem as quais não há envelhecimento com dignidade ». Também Casimiro Menezes, presidente da Assembleia Geral, condenou o agravamento « das condições de vida dos trabalhadores, dos reformados e da população em geral », ampliada « pela especulação e o continuado aumento de preços, das taxas de juro
Portalegre
São João da Madeira
Funchal