A Voz dos Reformados - Edição n.º 178 Julho/Agosto 2022 | Page 8

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8 A Voz dos Reformados | Julho / Agosto 2022

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Palavras de Paz

Em defesa da Humanidade e da Vida !

No dia 6 de Agosto de 1945 , os Estados Unidos da América lançavam sobre a cidade japonesa de Hiroxima uma bomba atómica , e três dias depois , outra sobre a cidade de Nagasáqui , cometendo conscientemente , um dos maiores crimes contra a Humanidade . Manter viva a memória de Hiroxima e Nagasáqui é , sem dúvida , uma singela homenagem às vítimas ; mas é sobretudo um grito de alerta para os perigos que hoje espreitam a Humanidade : o número de ogivas nucleares existentes ( cerca de 13 mil , das quais 3800 se encontram prontas a ser utilizadas ) e a sua potência ( milhares de vezes superior às de 1945 ) elevariam o horror de há setenta e sete anos a uma escala nunca vista , pondo em causa a existência de vida na Terra . Esta realidade , aliada ao período que atravessamos – de corrida , modernização e sofisticação dos armamentos e do arsenal nuclear , da escalada de confrontação e de guerra , não só na Europa e região da Ásia-Pacífico , mas por todo o mundo , e onde a banalização da ameaça do uso de armamento nuclear é recorrente – é preocupante e deve ser combatida . O agravamento das tensões entre países detentores deste tipo de armamento aumenta os perigos e impele à ação determinada de todos quantos defendem a paz e a segurança no mundo . Em 2017 , 122 países participantes numa conferência das Nações Unidas realizada com o propósito de negociar um instrumento legalmente vinculativo que proíba as armas nucleares e conduza à sua eliminação total lançaram o Tratado de Proibição de Armas Nucleares ( TPAN ), que entrou em vigor a 22 de Janeiro de 2021 , na sequência da sua ratificação por 50 países . Os Estados aderentes comprometem-se a « jamais , em nenhuma circunstância » desenvolver , testar , produzir , fabricar , ou por outros meios adquirir , possuir ou armazenar armas nucleares ou outros dispositivos explosivos nucleares . No entanto , ainda nenhum dos países detentores de armas nucleares e nenhum dos países membros da NATO ( onde se inclui Portugal ) assinou ou ratificou este tão importante Tratado . No sentido de pressionar o Governo português à adesão ao TPAN , o Conselho Português para a Paz e Cooperação ( CPPC ) lançou , em Janeiro deste ano ( um ano após a sua entrada em vigor ), uma petição pública Pela Adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares , que pode ser assinada online . Estamos certos de que só a abolição das armas nucleares pode efetivamente garantir que nunca mais serão utilizadas . É urgente e necessário reforçar a luta pela Paz , pelo desarmamento e pela segurança . O CPPC e todos os amantes da Paz têm do seu lado a Constituição da República Portuguesa que prevê isso mesmo . Recusamos as Armas Nucleares ! Reclamamos o Desarmamento geral simultâneo e controlado ! Defendemos e queremos a Paz ! Em defesa da Humanidade e da Vida !

Protesto contra o encerramento das estações dos CTT

« Os reformados , pensionistas e idosos são os que mais sofrem com o encerramento das estações dos CTT », adverte o MURPI
O MURPI exige que o Governo intervenha junto do Conselho de Administração dos CTT , obrigando-o ao cumprimento das cláusulas contratuais , de modo a prevenir e a corrigir anomalias . Reverter a privatização dos Correios é outras das ideias avançadas .
Num documento de 26 de Julho , a Confederação Nacional de Reformados , Pensionistas e Idosos – MURPI lembra que « desde que se consumou a privatização dos CTT , com a conivência dos governos do PSD / CDS e do PS , que se assiste à degradação do serviço público às populações », que se « veem privadas no acesso e na qualidade de serviços prestados ». « Os reformados , pensionistas e idosos são os que mais

Governo quer excluir representantes dos trabalhadores da supervisão da ADSE

A Direção da Confederação MURPI denuncia e alerta para a intenção do Governo excluir sindicatos e dirigentes sindicais do Conselho Geral de Supervisão ( CGS ) da ADSE , IP , com a « aparente conivência » de João Proença , atual presidente daquele órgão e ex-secretário-geral da UGT . « Esta Confederação não pactua com tentativas e meios antidemocráticos que visam excluir os legítimos representantes das forças sindicais », assegura o MURPI , em nota de protesto .
Perplexidade e discordância Entretanto , Isabel Quintas , beneficiária n .º 010232680 AP , representante do MURPI no CGS , dirigiu um parecer ao Conselho Diretivo da ADSE onde manifesta a sua « perplexidade e discordância pelo facto do Governo ter decidido submeter a uma consulta pública uma portaria que tem como objetivo regular a eleição dos representantes dos beneficiários no CGS da ADSE ». « Sendo a ADSE financiada em mais de 90 por cento pelos descontos dos trabalhadores no ativo e sofrem com o encerramento das estações dos CTT », considera a Confederação , que alerta para a distância das estações que se mantém abertas , sem que existam transportes públicos , bem como para a « demora no atendimento por redução do número de trabalhadores » e « atrasos na distribuição da correspondência ». « Todas estas situações são consequência da aplicação de critérios meramente economicistas que não têm em conta a obrigação contratual de prestação de serviço público de qualidade e de proximidade », sublinha o MURPI , acrescentando : « Além do prejuízo que causa à população em geral e à população idosa em particular , com menos autonomia e mobilidade », esta situação « contribui para o agravamento do isolamento social , o despovoamento dos centros históricos e de territórios de baixa densidade demográfica ».
aposentados , não há justificação para se pronunciarem sobre a vida interna quem não contribuiu para o seu financiamento », considera a dirigente do MURPI , para quem « é também inaceitável que esta Portaria exclua da composição eleitoral os representantes diretos dos beneficiários . A composição da comissão eleitoral deverá ser tal como era referido no Art .º 2 .º da Portaria n .º 213 / 2017 , com a inclusão de um elemento dos beneficiários eleitos .» No parecer , Isabel Quintas considera ainda « um exagero a duração do ato eleitoral », não havendo « qualquer justificação para as eleições decorreram em mais do que um dia ». « Deverá ser um dia com um horário alargado das 8h00 às 19h00 », propõe a dirigente , acrescentando : « o processo eleitoral deverá observar o prazo de 120 dias , para se poder organizar devidamente em todo o País e Regiões Autónomas ». Por último , reafirmou que a ADSE « é um direito dos trabalhadores e aposentados , para a qual contribuem durante 14 meses ao ano , pelo que é matéria de negociação sindical e esta opção do Governo é estranha , incompreensível e inaceitável ».