A Voz dos Reformados - Edição n.º 163 A VOZ REFORMADOS - N 163 | Page 6
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A Voz dos Reformados | Janeiro/Fevereiro 2020
Janeiro/Fevereiro 2020 | A Voz dos Reformados
Saúde
Informação
MURPI EM MOVIMENTO
No espaço temporal que medeia desde a ultima publicação do Jornal, fomos recebendo
notícias e imagens de inúmeras realizações em que estivemos presentes, mas que devido
à exiguidade de espaço disponível selecionamos aleatoriamente algumas fotos e notícias.
FESTAS DO DIA DO IDOSO
AURPIC festejou o Dia do Idoso em
que participou Zita Salema.
Évora
A ARPI de Montemor-o-Novo rea-
lizou o seu tradicional almoço com
o apoio da Câmara Municipal e em
representação do MURPI esteve
Manuel Passos.
FESTAS DE NATAL
Paio Pires
Zita Salema esteve a 20 DEZ na
festa de NATAL ARPIPP.
Damaia
Pinhal de Frades
Zita Salema participou a 20 de
dezembro na festa da ARPIPF
Vila Real Santo António
Joaquim Gonçalves representou
o MURPI no dia 9 de dezembro
no 43º aniversário da Associação
Reformados Barreiro.
Amora
Arrentela
Aljustrel
Casimiro Menezes representou o
MURPI na festa 40º aniversário da
AHRIE
Barreiro
José Coelho presente no dia 19
de dezembro, na festa de natal da
AURPID.
Zita Salema participou a 17 de
dezembro na festa de Natal da
AURPIFA.
ANIVERSÁRIOS DAS
ASSOCIAÇÕES
A Associação de Reformados or-
ganizou o Almoço do Natal com
a presença de numerosos asso-
ciados.
Beja
Zita Salema em representação do
MURPI esteve no dia 5 de novem-
bro no 40 aniversáio da ARIFA
Marinha Grande
Bernardo Loff esteve a 14 de de-
zembro na festa de natal promo-
vida pela Associação Reforma-
dos de Beja.
Olivais
Com a presença de Manuel Paa-
sos em representação do MURPI
Casimiro Menezes participou
no 21 de dezembro no almoço
organizado pela Associação dos
Reformados dos Olivais.
Casimiro Menezes representou o
MURPI, em 24 de novembro, no
40º Aniversário da ASURPI
CONGRESSOS E REUNIÕES
O MOVIMENTO DEMOCRÁTICO
DE MULHERES organizou no Mu-
seu do Aljube no dia 20 de novem-
bro o livro “CRIANÇAS EMERGEM
DA SOMBRA” da Luísa Costa Dias
que aborda 2ª vida das crianças
que acompanhavam os seus pais
na clandestinidade”, tendo Isa-
bel Gomes em representação do
MURPI saudado esta iniciativa re-
lembrando que muitas crianças
de pais clandestinos continuam
hoje na situação de reformados
continuado a lutar pelos valores
de Abril.
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE
ORGANISMOS DE DEFICIENTES
(CNOD) organizou o 13º congresso
em 26 de outubro com a presen-
ça de mais de 300 pessoas, tendo
Isabel Gomes em nome do MURPI
dirigido uma saudação ao Con-
gresso da CNOD.
“SIM À PAZ NÃO À NATO” numa
assembleia, realizada a 20 de de-
zembro, aberta a organizações
aderentes ao protesto nacional
pela cimeira da NATO, Manuel
pinto André participou e subscre-
veu em nome do MURPI o apoio
à iniciativa de protesto.
SESSÕES DE ESCLARECIMENTO
Promovidas pelo MURPI e com
apoio das Federações realizaram-
se muitas sessões de esclareci-
mento dirigidas a reformados das
Associações tendo as últimas sido
realizadas a 31 de outubro na As-
sociação da Senhora da Saúde, em
Évora e na Associação de Cabrela
no dia 13 de dezembro.
Abacateiro
Miguel Boieiro
O abacateiro, uma árvore extraordinariamente
benéfica para a nossa saúde, mas de que ainda
não sabemos retirar os adequados proveitos.
A Persea americana é uma árvore elegante, ori-
ginária da América Central, onde, em estado sel-
vagem, logra atingir 20 metros de altura. Existem
mais de quinhentas variedades de abacateiros,
fornecendo frutos de diferentes tamanhos, formas
e colorações. O abacateiro, pertencente à família
das Lauraceae, possui ramagem abundante, com
folhas grandes, perenes, oblongas e alternadas. As
flores são brancas e pequenas, sendo polinizadas
por abelhas e outros insetos, de forma cruzada, ou
seja, convém que haja várias espécies por perto
para facilitar a polinização. Os frutos assemelham-
se a peras, com casca áspera de cor verde ou vio-
lácea. A polpa é amarela-esverdeada, gordurosa e
macia e o caroço é grande, cilíndrico e compacto.
Quer nos frutos, quer nas folhas, quer nas semen-
tes, encontramos constituintes químicos de inegá-
vel valor terapêutico: fito nutrientes, provitamina
A, vitaminas C, E e do complexo B, aminoácidos,
sais minerais (ferro, fósforo, cálcio, etc.) e glicéridos
de ácidos gordos insaturados.
Do imenso rol de propriedades medicinais, re-
ferem-se as seguintes: adstringente, afrodisíaca,
anti-anémica, antidiarreica, anti-reumática, an-
tioxidante, carminativa, cicatrizante, digestiva,
diurética, emoliente, tónica capilar, vermífuga,
anti-raquítica, anti-inflamatória, etc., etc.
Dispepsia
A FPPulmão propõe
a redução do preço
da vacina da pneumonia
Margarida Lage
Médica
Pode definir-se como a sensação de mal-estar na
região epigástrica (estômago), com dor ou ardor,
por vezes acompanhada de enfartamento e sen-
sação de que a digestão se faz com dificuldade.
José Miguel Carvalho
Médico
As causas podem ser várias:
A toma de medicamentos anti-inflamatórios,
aspirina ou corticoides. É frequente que na ter-
ceira idade seja necessário tomar alguns destes
medicamentos. Mas, para minimizar os riscos de
efeitos secundários a nível gástrico tome sem-
pre só quando o médico lhe aconselhar e pelo
período que lhe for recomendado. Além disso
informe o seu médico se tiver antecedentes de
úlcera gástrica, duodenal ou gastrite. Pode ter de
ser acompanhada a toma desses medicamentos
mais agressivos para a mucosa gástrica, de outro
fármaco como protetor.
Helicobacter pylori: É uma bactéria que exis-
te no estomago de 60% da população mundial.
Nem sempre dá sintomas. No entanto como se
sabe que está associada a cerca de 90% de úl-
ceras gastro-duodenais, tem indicação para ser
pesquisada e, se detetada, tratada. O seu médico
tomará as medidas necessárias e o tratamento é
com medicação apropriada feita durante duas
semanas.
Algumas receitas:
Das folhas: Infusão de 50 g de folhas secas num
litro de água. Tomar três chávenas por dia para
artrites, gases intestinais, vesícula e hipertensão.
Compressas de folhas secas aquecidas, para as
dores de cabeça.
Do caroço: “Chá” do caroço tostado e moído
para combater a diarreia e a disenteria. O caroço
macerado em vinho branco, durante, pelo menos
vinte dias, é utilizado como afrodisíaco (beber
um ou dois cálices diariamente). O pó do caroço,
diluído em água, é bom para as varizes. O caroço
ralado macerado em álcool serve para preparar
fricções contra o reumatismo.
Dos botões das flores: Mezinhas para a libido e
para as perturbações dos órgãos sexuais femi-
ninos.
Das cascas dos frutos: “Chá” para eliminar vermes
intestinais.
Do óleo: Tendo uma consistência química idên-
tica à do azeite, combate eczemas, irritações da
pele e calvícies.
Dos frutos: A polpa consumida fresca com mel,
funciona como afrodisíaco. Com azeite, iogurte
natural e um pouco de sal, prepara-se um creme
de barrar que substitui, com vantagem, a mar-
garina e a manteiga. Experimentem também a
“mousse” de polpa de abacate, ficando a mistura
dos ingredientes ao critério de cada um.
Incita-se os leitores a usar a imaginação e a efectuar
experimentações de âmbito culinário porque esta
preciosa fruta é compatível com muitos outros
alimentos. Deixamos apenas um ligeiro alerta: o
abacate oxida com facilidade depois de retirada
a casca, escurecendo de imediato e produzindo
radicais livres. Por conseguinte, devemos consu-
mi-lo sempre fresco.
FUNDAÇÃO PORTUGUESA DO PULMÃO
ridos anteriormente ou pelo Helicobacter pylori.
Também pode estar associada a stress, excesso
álcool e tabaco. Pode complicar-se com perfura-
ção ou sangramento.
Cancro gástrico: A maior parte dos cancros de
estômago são adenocarcinomas (90%). A ida-
de mais comum em que surge é a partir dos 55
anos. Em Portugal, e sobretudo no norte do país,
é muito frequente, ocupando o nosso país um
triste 1º lugar a nível da União Europeia e o 6º
a nível mundial. Atinge o dobro de homens em
relação às mulheres.
Os fatores de risco de cancro gástrico são:
• Alimentação rica em sal, como alimentos
processados, conservas em sal ou em vinagre.
• Inflamação gástrica crónica, gastrite, espe-
cialmente gastrite atrófica.
• Alimentação pobre em frutos e vegetais.
• Fatores familiares: Em alguns casos (10%)
verifica-se coexistência de cancro gástrico em
familiares em 1º grau: pai, mãe, irmãos.
Prevenção do cancro gástrico:
Gastrite: É a inflamação da mucosa gástrica.
Pode ser aguda ou crónica. A crónica é a que nos
preocupa mais, pois além de dar sintomatologia
persistente, pode ser fator de risco para outras
patologias. Pode ser causada por ingestão de
medicamentos como anti-inflamatórios e aspi-
rina. A bactéria Helicobacter pylori é outra causa
de gastrite.
Úlcera péptica (gastro-duodenal): É constituída
por uma lesão, ulceração, da mucosa do estôma-
go ou do duodeno (1ª parte do intestino delga-
do). Pode ser causada pelos medicamentos refe-
• Aumentar desde a infância a ingestão de le-
gumes e frutas.
• Evitar alimentos processados e conservados
em sal.
• Consultar o seu médico se tiver queixas de
dispepsia persistentes. O seu médico, melhor
que qualquer pessoa avaliará a sua história clí-
nica e exame objetivo e pedirá os exames que
achar pertinentes, geralmente a endoscopia
alta. Esta permitirá detetar alguns dos princi-
pais fatores de risco do cancro gástrico e, caso
ele exista, diagnosticar precocemente o can-
cro para poder ser tratado a tempo.
Não termino sem deixar aqui a noção de que, em
muitos casos, a dispepsia corresponde apenas a
uma perturbação do funcionamento digestivo
que pode surgir mesmo sem doença subjacente.
Designa-se dispepsia funcional. O seu médico
prescreverá as medidas que achar indicadas para
diminuir as queixas.
No dia 12 de Novembro, Dia Mundial da Pneu-
monia, a Fundação Portuguesa do Pulmão cha-
mou a atenção para a situação desta doença:
“Com 110 internamentos diários - apenas no
SNS - (ONDR, 2018) e 15 doentes falecidos dia-
riamente - 1 óbito em cada 93 minutos - (INE,
2019) a pneumonia perfila-se como uma das
doenças mais letais para os portugueses. Igual-
mente, a nível da União Europeia, Portugal tem-
se posicionado entre os países com maior taxa
de mortalidade, com valores bem acima do res-
petivo valor médio.
Sendo a pneumonia uma doença tão prevalente
e letal entre nós, importa implementar e gene-
ralizar as medidas preventivas possíveis e, entre
essas medidas, a vacinação antipneumocócica
é uma das principais ferramentas. Assim, com
objetivo de aumentar os níveis de vacinação, a
Fundação Portuguesa do Pulmão advoga as se-
guintes medidas:
1. Subida do escalão da comparticipação vacina.
Com exceção dos grupos para os quais a vacina-
ção é gratuita (Portaria 11/2015 da DGS), a vaci-
na antipneumocócica é uma vacina cara, facto
seguramente dissuasor à sua utilização por uma
parte significativa dos candidatos à vacinação.
2. Que se estenda a sua gratuidade a todos os
doentes com doenças respiratórias crónicas e,
tal como acontece com a gripe, a todas as pes-
soas com idade igual ou superior a 65 anos. Es-
tes grupos de pessoas são particularmente sus-
cetíveis às pneumonias e às suas complicações.
Os custos inerentes a estas medidas deverão ser
considerados como um investimento largamen-
te compensador, em virtude dos casos de pneu-
monia que se evitarão e dos elevadíssimos custos
diretos e indiretos associados a esta doença.”
A pneumonia é mais frequente nos homens e
nos mais idosos e portadores de doenças cróni-
cas (doença pulmonar obstrutiva crónica, dia-
betes, insuficiência cardíaca, etc) e pode ocorrer
todo o ano, embora com maior frequência nos
períodos frios.
Medidas gerais relacionadas com os estilos de
vida, como a redução do consumo de tabaco e
de bebidas alcoólicas, a melhoria da saúde oral
e um bom estado nutricional, são importantes,
mas a vacinação antigripal (que já é gratuita de-
pois dos 65 anos) e a vacinação antipneumocó-
cica poderão contribuir decisivamente para a
redução da incidência e gravidade da pneumo-
nia na comunidade.
www.fundacaoportuguesadopulmao.org
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