Novembro / Dezembro 2020 | A Voz dos Reformados 7
Informação
Prova de vida das federações de Lisboa e Setúbal
No dia 17 de Novembro , a Casa do Alentejo acolheu uma reunião da Assembleia- Geral da Federação das Associações e Organizações de Reformados , Pensionistas e Idosos do Distrito de Lisboa ( FARPIL ). Os 20 participantes – representando algumas das associações do distrito , reflexo do estado de emergência – aprovaram por unanimidade o Plano de Actividades e o Orçamento para 2021 , que foi apresentado por José Núncio , presidente da FARPIL . A iniciativa contou com a intervenção de Maria da Luz , vereadora na Câmara de Odivelas , que falou sobre a necessidade de uma Estratégia Nacional para o Envelhecimento , concretizável através da valorização das pensões , mecanismo essencial para combater a pobreza , e da edificação de uma Rede Pública de Equipamentos Sociais da responsabilidade do Estado . Por seu lado , Casimiro Menezes , presidente do MUR- PI , abordou o tema « Combater a pandemia », cumprindo os objetivos do Caderno Reivindicativo do MURPI para 2021 .
A Associação de Reformados do Barreiro acolheu , no dia 28 de Outubro , uma reunião para debater o Caderno Reivindicativo do MURPI para 2021 , que integra um conjunto alargado de respostas que é urgente e necessário exigir e implementar ( ver páginas 4 e 5 ). A iniciativa , onde estiveram presentes cinco associações de reformados , pensionistas e idosos , contou com a presença de Casimiro Menezes , presidente da Confederação do MURPI . Como destacou , a pandemia não impediu que « toda organização » elaborasse as propostas que foram aprovadas , em Setembro , pela Direção do MURPI . « Nada se pode fazer sem um movimento associativo de reformados devidamente organizado », acrescentou . Durante os trabalhos exigiu-se , igualmente , que a RTP , empresa pública portuguesa , pare de silenciar a Confederação do MURPI , enquanto promove outros dirigentes que não representam os interesses dos reformados , pensionistas e idosos . Recomendou-se ,
Contra o isolamento familiar e social
Também a Federação Distrital de Setúbal ( FDSRPI ) continua a sua atividade na « luta e defesa » dos direitos e bem-estar dos reformados . Em comunicado de 23 de Outubro , a Federação considera que é « necessário e urgente » travar os efeitos devastadores trazidos pela pandemia de COVID-19 que « tem causado muito sofrimento e mortes », afetando particularmente « este grupo vulnerável , combatendo e mitigando todas as formas de isolamento familiar e social que agravam a solidão e a tristeza com repercussões na saúde física e mental das pessoas idosas ». O MURPI tem lutado , desde o início desta epidemia , por soluções que ponham em funcionamento os centros de convívio e de dia , em condições de segurança sanitária , que garantam a retoma da vida social e associativa de milhares de reformados e de idosos que se encontram privados de convívio e isolados dos contactos com as demais pessoas .
MURPI aprofunda propostas para 2021
« Vamos viver amedrontados , tristes , isolados , sem podermos falar com os nossos companheiros e amigos ?», interrogou Casimiro Menezes , no Barreiro
também , que as associações obtenham o Caderno Reivindicativo do MURPI e a assinatura do Jornal « A Voz dos Reformados ».
FUNDAÇÃO PORTUGUESA DO PULMÃO
COVID-19 em 2020
José Miguel Carvalho
Médico
Numa coluna sobre saúde , este ano , voltamos sempre ao tema ; os meses passam e continuamos longe do sossego . E se esta doença é um grave problema de saúde pública , com implicações sociais e políticas , como podemos gerir o nosso dia a dia ? Todos sentimos vontade de opinar sobre as formas de resolver o problema , mas centremo-nos em como cada um de nós pode viver este período de pandemia .
1 . Usar corretamente a máscara em ambientes fechados e mesmo em espaços abertos em que não possa ser mantido o distanciamento seguro , e manter uma boa higiene das mãos é o que nos deve preocupar .
2 . Se nos surgirem sintomas suspeitos de doença , contatar o SNS24 e esclarecer a situação para ficarmos descansados e , caso haja doença , se corte a cadeia de transmissão .
3 . Se tivermos quaisquer outros sintomas , proceder da mesma forma , para poder ser tratada a doença que nos atinja ; um dos graves problemas tem sido o de se adiar diagnósticos de diversas doenças , por só se pensar no COVID .
4 . Manter uma atividade física regular , aproveitando bem as horas para , mesmo quando há maiores confinamentos , se sair e fazer algum exercício .
5 . Manter contato com familiares , amigos , vizinhos , para os ajudar ( e nos ajudar ) nestas fases de confinamentos que são muito duras .
6 . Não alinhar no medo que nos querem fazer entranhar , que nos faz fugir de tudo e de todos ; manter os cuidados básicos , mas viver calmamente o dia a dia . Riscos temos sempre , e esta doença é mais um . Esta elevada contagiosidade leva a uma progressão rápida do número de casos , e , se na sua maioria a COVID decorre sem complicações de maior , alguns exigem internamento hospitalar , e mesmo assim uma parte dos doentes não resiste à doença . É um grave problema que afeta toda a sociedade , não só aos doentes , mas aos seus familiares e amigos . Se esta letalidade é dramática , não esqueçamos que , em caso de adoecermos , o mais provável é recuperarmos ; mesmo no grupo dos mais idosos , que têm mais risco , a cura é de longe , o prognóstico mais provável .
7 . Todos devemos proceder com os cuidados básicos higiénico-sanitários ; mas não nos transformemos em vigilantes de tudo e de todos , à cata dos « outros », dos « descuidados »...
8 . A solidariedade é um valor a não « esquecer » no meio destes ambientes de medos com os doentes e seus familiares : não são « agentes infeciosos »; são pessoas ( que estão doentes ), e merecem todo o nosso apoio !