A Química em Tudo Oitava Edição: Integração Lusófona | Page 11

munidade Lusófona A ideia de criação de uma comunidade de países e povos que partilham a Língua Portuguesa foi sonhada por muitos ao lon- go dos tempos. Em 1983, durante uma vi- sita oficial a Cabo Verde, o então ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Jaime Gama, afirmou que: “O processo mais adequado para tornar consistente e descentralizar o diálogo tricontinental dos sete países de língua portuguesa es- palhados por África, Europa e América seria realizar cimeiras rotativas bienais de Chefes de Estado ou Governo, promover encontros anuais de Ministros de Negócios Estrangeiros, efetivar consultas políticas fre- quentes entre diretores políticos e encon- tros regulares de representantes na ONU ou em outras organizações internacionais, bem como avançar com a constituição de um grupo de língua portuguesa no seio da União Interparlamentar”. O processo ganhou impulso decisivo no ano de 1989 e, em julho de 1996, em Lis- boa, realizou-se a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo que marcou a cria- ção da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entidade reunindo An- gola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mo- çambique, Portugal e São Tomé e Prínci- pe. Seis anos mais tarde, em 20 de maio de 2002, com a conquista de sua indepen- dência, Timor-Leste tornou-se o oitavo país membro da Comunidade. Seção: Tá na Capa Em 2014, após um processo polêmico e não muito esclarecido, a Guiné Equatorial - que tem o espanhol como língua oficial - tornou-se o nono integrante de pleno di- reito. O país procurou inserir-se alegando li- gações históricas de seu território com Por- tugal. Contudo, foi acordado que deverá abolir a pena de morte e promover o por- tuguês como língua oficial para se manter na comunidade. A CPLP assume-se como um novo proje- to político cujo fundamento é a Língua Portuguesa, vínculo histórico e patrimônio comum dos nove – que constituem um espaço geograficamente descontínuo, mas identificado pelo idioma comum. Ela tem como objetivo o aprofundamento da amizade mútua e da cooperação entre os seus membros em todos os domínios, inclusive os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, admi- nistração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, desporto e co- municação social; Como exemplo, a or- ganização promove a data de 5 de Maio como Dia da Cultura Lusófona, celebrado em todo o espaço lusófono, e os Jogos da CPLP, evento esportivo que reúne todos os membros da organização. FONTE: Cplp.org | InfoEscola.com | Dw.com Imagens: Freepik | Visnezh | IconFinder