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a história das máquinas
ricanos de Americana, no interior de São Paulo, a Máquinas Agrícolas Romi Ltda. começa a
fabricar arados e implementos agrícolas, carroções e equipamentos bastante avançados para a
época, mais modernos dos que existiam aqui.
Detalhe curioso: ainda na década de 1930, a
Romi apóia uma pesquisa sobre um combustível à base de álcool e gasolina, batizado de
“autolina”. Com o advento da Segunda Guerra
Mundial e com a escassez geral de combustível, a experiência não vai adiante.
Em meio às turbulência da guerra, em 1941 a
família Romi começa a fabricar tornos. Emílio e os filhos desmontam um dos tornos, observam a estrutura, desenvolvem melhorias e
criam o primeiro produto da nova indústria,
batizado de Imor – Romi ao contrário. Esper-
tamente, para estimular os compradores, a série
começava no número 101... Em 1944, a Romi já
exportava equipamentos para a Argentina.
Aceleremos um pouco a história das ousadias
da Romi. Em 1956, Emílio lança o primeiro veículo nacional, a Romi-Isetta. Com a anuência
de um fabricante de Milão, a novidade passa a
ser produzida pela Romi, e 70% das peças eram
nacionais. O carrinho, mesmo minúsculo e chamado de “lambreta grávida”, faz sucesso. Aparece num programa de TV, Alô Doçura, com
os apresentadores Eva Wilma e John Herbert, e
num filme de Anselmo Duarte. Em 1959, pára
de ser fabricado. Os benefícios concedidos pelo
governo ao setor automobilístico só se aplicam a
carros maiores. No Romi-Isetta cabiam apenas
três pessoas. Apertadas.
v
Torno modelo TP da Romi, 1941
Trator Toro, no pátio da Romi Matriz