A HISTORIA DAS MAQUINAS Março 2014 | Page 66

66 a história das máquinas ricanos de Americana, no interior de São Paulo, a Máquinas Agrícolas Romi Ltda. começa a fabricar arados e implementos agrícolas, carroções e equipamentos bastante avançados para a época, mais modernos dos que existiam aqui. Detalhe curioso: ainda na década de 1930, a Romi apóia uma pesquisa sobre um combustível à base de álcool e gasolina, batizado de “autolina”. Com o advento da Segunda Guerra Mundial e com a escassez geral de combustível, a experiência não vai adiante. Em meio às turbulência da guerra, em 1941 a família Romi começa a fabricar tornos. Emílio e os filhos desmontam um dos tornos, observam a estrutura, desenvolvem melhorias e criam o primeiro produto da nova indústria, batizado de Imor – Romi ao contrário. Esper- tamente, para estimular os compradores, a série começava no número 101... Em 1944, a Romi já exportava equipamentos para a Argentina. Aceleremos um pouco a história das ousadias da Romi. Em 1956, Emílio lança o primeiro veículo nacional, a Romi-Isetta. Com a anuência de um fabricante de Milão, a novidade passa a ser produzida pela Romi, e 70% das peças eram nacionais. O carrinho, mesmo minúsculo e chamado de “lambreta grávida”, faz sucesso. Aparece num programa de TV, Alô Doçura, com os apresentadores Eva Wilma e John Herbert, e num filme de Anselmo Duarte. Em 1959, pára de ser fabricado. Os benefícios concedidos pelo governo ao setor automobilístico só se aplicam a carros maiores. No Romi-Isetta cabiam apenas três pessoas. Apertadas. v Torno modelo TP da Romi, 1941 Trator Toro, no pátio da Romi Matriz