Máquinas, Máquinas, Do Vapor ao Computador
Mesmo diante de tanta sofisticação tecnológica, é bom lembrar que nas máquinas computadorizadas se juntam tanto as automatizadas
como as universais. A máquina computadorizada pode fazer dez peças de um tipo e, ato
contínuo, dez diferentes e outras dez diferentes. Mas, para isso, é preciso que um especialista em máquinas universais e um especialista
em máquinas automáticas apliquem os conhecimentos para aquele programa de computador.
Por melhor que seja a máquina, sem uma boa
programação ela é inútil. Ou vale a piada dos
dois diretores de uma fábrica diante de máquinas hipermodernas em plena produção: “Pois é,
depois que introduzimos toda essa nova tecnologia, estamos fazendo as coisas erradas muito
mais depressa”.
As máquinas universais não perderam, pois,
a importância. Mesmo agora, no século xxi, a
indústria tem às vezes necessidade de produzir itens em pequena escala, protótipos ou bens
especiais de uma única peça a ser produzida.
Quem quiser construir uma turbina tipo Kaplan para uma usina hidroelétrica, por exem-
plo, sabe que ela vai ser única, feita em máquina
universal e não em automáticas montadas para
trabalhar em série. Então isso explica por que
as três categorias continuam existindo. É claro que as máquinas universais se modernizam,
melhoram a precisão e o desempenho, podem
até ter componentes informatizados para auxiliar o operador, mas é ele quem que vai operá-la.
As máquinas universais são, assim, uma espécie
de coringa entre as automáticas e as computadorizadas. São, como se diz, pau para toda obra
e mantêm a flexibilidade. Com um tear de programação totalmente manual, é possível fazer
um tecido hoje e um diferente amanhã, o que só
é viável, claro, em casos de baixa produção.
Há, pois, um momento, um belo momento
na história das máquinas, em que as máquinas
pau para toda obra, as especializadas e as computadorizadas, o John Watt da primeira locomotiva, o Henry Ford da produção em série e
os meninos geniais dos primeiros computadores, todos se unem na mesma e antiga tarefa
de fazer deste planeta uma casa cada vez mais
habitável e confortável para o ser humano.
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Todas as
máquinas
do mundo
Wilson Double Core: tratamento nanotecnológico para
maior resistência. O interior das bolas conta com uma
película extra — revestimento de massinha misturada
com borracha co