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a história das máquinas
O Apple II foi concebido em 1977. Seu invólucro,
de plástico, era raridade para a época
Da amizade com Woz e na
garagem de Jobs, nascia uma
máquina que revolucionaria
o mercado de computadores
domésticos e uma empresa chamada Apple. Os dois ofereceram
o produto a um empreendedor, que,
de cara, encomendou 25 unidades do equipamento. Sem dinheiro para construí-los, eles
venderam os bens mais preciosos que possuíam, o carro de Jobs e a calculadora científica de
Woz , e se enfurnaram na garagem, onde passaram madrugadas trabalhando e montando os
computadores pioneiros. O primeiro, o Apple
I, foi vendido por 666,66 dólares em 1976.
Dois anos antes, em outra ponta dos EUA,
o futuro pop star da informática, Bill Gates,
ou William Henry Gates III, dava os primeiros passos. Ao contrário de Jobs, Gates nasceu
rico numa família de banqueiros da cidade
industrial de Seattle, Estado de
Washington. Já aos 13 anos foi
ser interno numa escola para
pequenos gênios.
Em 1974, a capa da revista
Popular Eletronics anunciava o
lançamento do Altair 8800, que
prometia ser o primeiro microcomputador do
mundo. Só que a nova maravilha não tinha teclado nem drive de disquete. De bate-pronto,
Gates ligou para os empresários da gigante Intel
– fabricante de microprocessadores para o Altair, fundada em 1968 – oferecendo o Basic, um
software que poderia funcionar no Altair. Era
um chute, ele e seu partner Allen ainda não haviam produzido uma só linha de código sequer.
Mas um chute de gênio. Em poucas semanas, a
dupla ralou sem descanso e conseguiu criar um
demo do produto. Era o início do mercado de
software. Era o início da Microsoft.