do syndic ato à abimaq, setenta anos de luta pelo br asil
A década de 1990 foi marcada, além da defesa da indústria nacional, pela promoção de
feiras, o estímulo à qualidade e à inovação
tecnológica. Foi nos anos 1990 que nasceu o
sistema Agrishow, formada pela Abimaq,
Anda, Abag e Sociedade Rural. A primeira
feira aconteceu em Ribeirão Preto, em 1994.
Oitenta e seis empresas participaram do evento, e o público registrado foi de cerca de 50.000
pessoas. Em 1999, passou a participar também
a Agrishow Pecuária, feira de tecnologia de
produção animal. O negócio deu bons resultados, e o sistema foi ampliado para novas regiões do país, como Mato Grosso e Bahia. Em
2002, surgiu a Agrishow Cerrado, realizada
em Rondonópolis. Dois anos mais tarde foi a
vez de Rio Verde receber a Agrishow Comigo.
Em 2004, o ano da expansão para o Nordeste, a Agrishow foi realizada em Luís Eduardo
Magalhães, na Bahia. Cerca de 20.000 pessoas afluíram ao local.
Para cuidar das feiras, inclusive do Agrishow,
foi criada uma agência, a Publiê, que pertence
à Abimaq: uma forma encontrada pela entidade para administrar os lucros obtidos em feiras
de máquinas e exposições, por exemplo, pois a
Abimaq é uma instituição sem fins lucrativos.
A Publiê é uma empresa limitada, mas 99%
das cotas pertencem à Abimaq e 1% ao presidente da entidade. Quando um presidente
deixa o cargo, deixa as cotas para o sucessor.
A Publiê tem a própria contabilidade, fatura
a receita, paga todos os impostos e transfere o
lucro para os acionistas, no caso a Abimaq.
Dois outros pontos marcaram a gestão de
Sérgio Magalhães: a consolidação de uma central de serviços completa para os associados e
a internacionalização do setor. Magalhães foi
um dos responsáveis pela profissionalização da
ação institucional. Criou um programa para
transformar as duas entidades – Abimaq e Sindimaq – em verdadeiros bancos de serviços aos
associados e ao setor. Os funcionários das duas
entidades receberam treinamento para atender a todas as demandas dos associados. Entre
as práticas adotadas na gestão de Magalhães,
estava a disponibilização da sede para eventos
dos associados. Foram realizados mais cursos
técnicos, seminários e exposições. O Salão do
Marceneiro e o Salão da Costura, por exemplo,
foram realizados nesse período.
Magalhães incentivou a participação do setor
de máquinas e equipamentos em eventos internacionais. Os associados passaram a ser capacitados para o processo de internacionalização. O
departamento de Comércio Exterior também
foi revigorado. As estratégias comerciais, em
tempos de abertura econômica, passaram a integrar a pauta das duas entidades. Seminários e
cursos para entender a nova situação eram fre-
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Feiras, qualidade e
internacionalização
do setor
Sérgio Paulo Pereira de Magalhães
(presidente, 1992-1995)