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a história das máquinas
Nova sede, o nó
da informática
Durante o mandato de Walter Sacca
(presidente, 1983-1986), a Abimaq
passou a administrar, organizar e
coordenar os Acordos de Participação
Fachada da Abimaq na
Avenida Jabaquara, 2925
Em 1983, Walter
Sacca é eleito presidente, e em sua gestão a Abimaq ganha
nova sede. O prédio
próprio de sete andares, inaugurado
em 1984 na Avenida
Jabaquara, cuja construção foi iniciada na
gestão de Einar Kok,
foi mais um marco na história do setor de máquinas e equipamentos. Com espaçosas instalações, 7.500 metros quadrados, a entidade podia
ampliar e melhorar a assistência aos associados.
Em boa hora, pois nesse período o número
de sócios começa a crescer. Com a abertura
democrática e a intensificação das negociações
trabalhistas, a indústria de máquinas passou a
ter, todo ano, um dissídio coletivo, e esse fato
despertou o interesse de muitos empresários.
Os salários se tornam assunto importante,
constantemente debatido pelos empresários de
máquinas e equipamentos.
No início da década de 1980, ainda vigorava
a Lei de Reserva de Informática, que regulamentava um tanto rigidamente a utilização da
eletrônica nas máquinas e equipamentos fabricados no Brasil, enquanto no resto do mundo
ela avançava em ritmo acelerado. A lei criava
dif iculdades para
que nossa indústria
acompanhasse os
passos do planeta.
Era vedado ao empresário importar um
produto eletrônico se
houvesse similar nacional. Independentemente da qualidade
do produto ou da boa
intenção da lei, o fato é que o preço daqui era de
três a cinco vezes maior que lá fora. A diferença criava um sério problema de competitividade
para a indústria nacional e um risco de defasagem tecnológica. E quem está disposto a comprar um equipamento independente de preço? E
mais defasado em relação ao importado?
A Abimaq entrou nessa queda de braço com
o governo, mas o problema só acabou em 1990,
quando Fernando Collor revogou a Lei de Reserva de Informática, numa decisão VR7&