do plano de metas , ao plano real
Especialmente a informática começa a ganhar força. Surge a estatal Computadores Brasileiros, a Cobra, nossa primeira fabricante de
computadores, e, a seguir, a Scopus.
Fundada em 1975 por Josef Manasterski, Célio Yoshiyuki e Edson Fregni, a Scopus começa
as atividades como prestadora de serviços, tanto na manutenção de computadores como na
pesquisa e em projetos de informática. Demanda em alta, logo a empresa passou a produzir,
em pequena escala, equipamentos digitais.
Experiência não faltava aos três professores:
além de participar de projetos desenvolvidos em
1971-1972 na Universidade de São Paulo (USP)
para nacionalizar a tecnologia dos computadores, um deles, Manasterski, foi, no período de
1973-1975, o coordenador da equipe que criou o
primeiro computador de médio porte da Escola
Politécnica da USP, o G-10.
Os fundadores da Scopus também haviam
participado, em 1972, da montagem do primeiro computador projetado no Brasil, apelidado
de Pato Feio, integrando a equipe do Laboratório de Sistemas Digitais da USP.
Em 1976, nasce a Prológica, outra empresa do
setor de informática. Os fundadores, Leonardo Bellonzi e Joseph Blumenfeld, resolveram
comercializar o protótipo da máquina contábil
que acabavam de montar. Seis meses depois,
lançavam o produto no mercado nacional. Passaram de distribuidores a produtores de equipamentos eletrônicos.
A partir de 1980, a Prológica ocuparia destacada posição entre as produtoras nacionais da área
de informática. Em 1985, já ocupava o terceiro lugar na classificação das companhias nacionais do
setor, empregando mais de 1.500 funcionários.
Uma das razões do sucesso da Prológica foi a
diversificação. Sua linha de micros incluía desde modelos mais simples até equipamentos médios. Em 1985, seguindo tendência do mercado
internacional, lançou o SP 16, um micro modular compatível com o PC da IBM. Impressoras
matriciais, unidades de disco rígido e de disco
flexível completavam a linha da Prológica.
v
3
103
Scopus e
Prológica,
a nossa
informática
TVA 80 da Scopus, primeiro terminal de vídeo
fabricado no Brasil. Era um modelo simples,
sem capacidade de processamento