Após os primeiros anos de reconstrução, o governo empenhou-se na reconstrução do país, atraindo capitais europeus, protegendo a indústria nacional e estimulando a entrada de milhões de imigrantes, o que significava mão de obra farta e barata para as fábricas. A produção voltou a crescer e, com ela, a necessidade de obter novos mercados consumidores. O desejo de ultrapassar as fronteiras existentes, que caracterizou todo o movimento expansionista em direção ao oeste, agora se orientava rumo à América Latina.
No final do século XIX, os Estados Unidos haviam se tornado uma das maiores potências industriais do mundo, com uma rica burguesia industrial e uma classe operária organizada. Enriquecidos, passaram a praticar o imperialismo nos países latinos, intervindo em diversas áreas a fim de obter lucros e vantagens.
O imperialismo norte-americano na América Latina baseava-se na Doutrina Monroe, cujo lema é “a América para os americanos”. Os governantes dos Estados Unidos viam habitantes da América Latina como povos atrasados e justificavam suas constantes intervenções na região dizendo que estavam levando a democracia e a civilização a esses povos.
A expansão norte-americana para o sul foi menos marcada pela diplomacia, e teve como alvo Cuba, então colônia da Espanha. Após uma tentativa fracassada de Cuba de tornar-se independente, os Estados Unidos a ajudaram a vencer a segunda guerra de independência contra a Espanha, aumentando, com isso, sua influência sobre a ilha.
No governo do presidente Theodore Roosevelt, o imperialismo norte-americano se intensificou. Roosevelt criou uma política para a América Latina conhecida como Big Stick. Essa política, segundo o presidente norte-americano, consistia na frase “speak softly and carry a big stick” que pode ser traduzida como "converse suavemente e carregue um grande porrete". Ou seja, seria usado intimidação e força, se necessário, para domirar os povos latinos.