longo da vida e de colocar o conhecimento “em ação” para possi-
bilitar a resolução de problemas que ainda não são conhecidos.
Para isso, a escola precisa fazer mais do que transmitir
conteúdo; precisa considerar o aluno “por inteiro”, trabalhando o
desenvolvimento de suas competências cognitivas (como raciocí
nio lógico e pensamento crítico) e socioemocionais (como resiliên-
cia e colaboração), promovendo o seu protagonismo e o seu enga-
jamento com a própria aprendizagem.
A flexibilização dos currículos, a personalização do ensino, o
foco em multiletramentos (letramento em programação, le
t ra-
mento científico, letramento corporal etc.), os métodos híbridos de
ensino (em que métodos on-line e presencial se mist uram), a gami-
ficação dos conteúdos e outras inovações são alguns caminhos
para a promoção dessa educação integral, mas não são os únicos.
Assim como nossas crianças e nossos jovens, teremos que ser
abertos e criativos para pensar o futuro da educação. Seja qual
for esse futuro, precisaremos investir em políticas e práticas
baseadas em experiências e evidências, num espírito de compro-
misso e colaboração entre gestores, educadores, empresários e a
sociedade em geral.
Um belo exemplo deste espírito vem ocorrendo em Santa Cata-
rina, por meio do movimento Santa Catarina pela Educação, lide-
rado pela Federação das Indústrias (Fiesc) daquele estado, pelo
poder público da Educação, tanto na esfera estadual como munici-
pal, pelas federações do Comércio, dos Transportes e da Agricultura,
além dos institutos e fundações do terceiro setor, como os institutos
Ayrton Senna e Natura. Um belo exemplo de como colocar em prática
o que está posto no artigo 205 da Constituição Brasileira: “A educa-
ção, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentiva
da com a colaboração da socie
dade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidada
nia e sua qualificação para o trabalho”. Não é à toa que lá se cos
tuma dizer: “A educação é o novo nome do desenvolvimento”.
Portanto, não vamos pensar que, quando falamos de inovação,
estamos falando apenas de incorporar as novas tecnologias e meto-
dologias na sala de aula. É muito mais do que isso. “Inovação é
sermos capazes de empurrar a fronteira do conhecimento, de prover
ao profes
sor o acesso a esse conheci
mento, para assegurar aos
nos
sos alunos o direito à aprendi
zagem, fazendo isso de forma
colaborativa com a sociedade, trabalhando todos juntos em prol de
uma educação de qualidade. Sem esse compromisso, não haverá
educação, não haverá inovação. E, temo dizer, não haverá futuro.
Educação e inovação no século 21
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