E
sta história começou em 1920 com
cinco famílias espalhadas por todo o
país que acabaram por se juntar.
A primeira família é a Freitas que vivia
em Vila Chã, uma pequena aldeia que
se situava entre Viseu e Guarda.
Cultivava uvas para fazer o melhor
vinho da zona e criava ovelhas para
fazer lã. Era uma típica pobre família
rural. Trabalhava arduamente todos os
dias para por comida na mesa.
A outra família era a Cardoso que vivia
em Zambujeira perto de Odemira na
Herdade da Casa Branca. Cultivava
milho e trigo. Era uma família rica,
numerosa e independente que anos
mais tarde tomou posse do império da
moagem da farinha para o pão.
A 3ª família era a O´Connor. Portugueses, cujos antepassados tinham
vindo da América na altura da pobreza
e da guerra. Viviam em Silvares na
Guarda. Cultivavam em maior parte
vegetais como a abóbora, o tomate
entre outros. Moravam numa bela
quinta onde criavam vacas para
produzirem queijo e manteiga.
Em Lisboa a família Pereira geria o
negócio do mercado rural. Controlavam
todas as compras e vendas que se
faziam por todo o país. Queriam começar uma cadeia de mercearias em
Lisboa mas não conseguiram pois não
encontravam nenhum fornecedor para
um negócio, que na altura, se
considerava absurdo.
A última família era a Oliveira que vivia
também em Lisboa, mas na parte da
Baixa. Era uma família completamente
normal que todos os dias fazia a sua
vida normal. A filha mais velha, que
naquela altura teria 20 anos, era
jornalista no jornal local. A mãe era
dona de casa e o pai era padeiro.
Quando a família Freitas decidiu mudar
para Lisboa por motivos de pobreza, o
Sr. Pereira quis começar a cadeia de
mercearias com o Sr. Freitas. Como
tinha problemas financeiros este
aceitou logo, mas teriam de procurar
mais dois fornecedores para poderem
abrir uma mercearia e foi aí que
apareceram as duas outras famílias.
Passados dois anos a mercearia já
tinha um grande sucesso, sendo
conhecida por todo o país. Nada disso
teria sido possível se, seis meses
depois de terem aberto, a filha mais
velha dos Oliveira não tivesse feito uma
reportagem, que esteve na capa do
jornal
durante
duas
semanas,
beneficiando a mercearia que a partir
daí começou a dar maior lucro.
Depois de todos os pais das cinco
famílias terem morrido, os seus filhos
uniram-se, continuando o ramo e
tornando a Herdade da Casa Branca a
“sede” de todos os negócios depois de
terem expandido as mercearias por
todo o país.
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