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Agosto 2022 | Cidade Nova | 11
Freepik os invisíveis e descartados . Esse exercício é fundamental para que se possa , considerando essas informações e conhecimento , identificar aqueles representantes que as defendem e votar neles , com responsabilidade .
Ao conectarmos nossa atenção e ação na efetivação daquelas ideias e propostas que entendemos necessárias para um mundo unido , fortaleceremos ao mesmo tempo , com o nosso protagonismo , a vida política e democrática das nossas comunidades . Igualmente , votaremos – e nos colocaremos ao lado deles – nos representantes , governos e partidos capazes de propor e lutar por essas mesmas políticas públicas , sem nos sentirmos reféns desse ou daquele governo ou daquela ideologia .
A nossa história política recente é pródiga de exemplos de pessoas que se esqueceram ( ou não aprenderam ainda ) de viver a fraternidade universal na política de maneira livre e igualitária . Por conta disso , nas suas ações e palavras , demonstram o quanto são reféns de governos , ideologias ou figuras públicas .
Com isso não estamos falando que a estrutura político-partidária e representativa não seja necessária ou importante . Sempre será , pois sem ela uma sociedade não consegue minimamente se organizar e cuidar dos seus e do ambiente . O que estamos querendo sublinhar é o necessário exercício que devemos fazer , individual e coletivamente , para aprofundarmos as ideias , propostas e políticas públicas que queremos , não de forma superficial , mas profunda e enraizada no bem viver – não por meio de terceiros , mas em primeira pessoa .
Somente com propostas políticas transparentes e participativas é que seremos capazes de sair dos simplismos generalizados no qual fomos jogados , da disputa vazia e / ou superficial de ideias que apenas identificam as trincheiras em que nos colocamos , incapazes de perceber que o espaço público é justamente o espaço do encontro das diferentes concepções de mundo e que essa diversidade deve encontrar , nesse espaço , as condições para o debate profundo e participado , com respeito e corresponsabilidade .
Fica o convite : durante o período até as eleições e no momento do voto , nos propormos e nos desafiarmos a um exercício conjunto e pessoal para identificar aquelas propostas e políticas públicas necessárias para um mundo unido , capazes de oferecer uma vida digna para todos , especialmente para aqueles que mais precisam e que se sentem abandonados pela política . Que sejam elas , a partir desse exercício , a nos permitirem as condições para uma escolha mais consciente dos nossos representantes .
Assim , fica a pergunta : se as eleições fossem hoje e as necessárias políticas públicas identificadas para o bem viver da nossa gente fossem essas , como eu definiria e escolheria meu representante ?
1 ) O autor é presidente do Movimento Político pela Unidade ( MPpU ) no Brasil .

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