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Janeiro 2022 | Cidade Nova | 11
vida . Foram eles que , durante a primeira entrevista , me propuseram de escrever – eu mesmo , jovem e sem experiência – aquela história .
Por que não agora ?
O tempo passou , e a prudência não me deixava seguir com o projeto . Afinal de contas , tratava-se da vida de alguém ! Era preciso fazer bem , e nem sempre a rotina e as escolhas da vida me deixavam livre para me dedicar como era preciso àquele projeto . Foi então que , em 2018 , Hamilton , pai de João Victor , também adoeceu . Como em uma corrida contra o tempo , consegui escrever durante as madrugadas dois capítulos : era um rascunho , ainda em linguagem bastante objetiva , assim como manda o bom jornalismo . Soube depois , por meio de Sheilla , que foi praticamente depois de ouvir a leitura daquelas páginas que Hamilton nos deixou e seguiu ao encontro do seu filho .
Agora era questão de honra ! Era preciso finalizar aquele livro por João Victor , por Hamilton e por todas as pessoas que poderiam ser tocadas por aqueles testemunhos . Os estudos e o trabalho , porém , nem sempre me deixavam prosseguir no ritmo que eu gostaria . Foi só durante o primeiro lockdown , quando começou a pandemia em 2020 , que eu pude me dedicar quase que exclusivamente à escrita daquela história .
Eu me inspirei em livros e filmes , estudei formas de escrita criativas e tive que desaprender a contar histórias da maneira como eu estava habituado para dar a forma que João Victor merecia . Foquei no público jovem , sem economizar na profundidade e na seriedade do conteúdo . Isso tudo procurando , ao mesmo tempo , ser leve , bem-humorado , assim como era o grande protagonista da história .
Extraordinariamente normal
“ Cuidado para não romantizar demais e transformar João Victor em um super-herói , alguém cheio de virtudes , alguém que ele não era ”, foi o conselho de Nivaldo Farias , médico oncologista que acompanhou nosso protagonista nos últimos anos da sua vida . Aquela
Arquivo pessoal
frase voltava sempre à minha mente , como um mantra . Mas como fazer isso ? Foi confiando nas entrevistas e nos relatos de todos os que eu ouvi que eu pude compor a infância , a primeira adolescência e os últimos anos de João Victor . Tarefa árdua , mas com bons resultados : “ Esse é exatamente o meu filho ”, foi o que ouvi de Sheilla , quando apresentei o livro .
O mais interessante , porém , foi saber de Gabriel Marquim , jornalista e fundador da comunidade dos Viventes , a quem eu confiei o prefácio , a sua impressão sobre quem foi e é João Victor : “ A vivacidade do seu olhar , a simplicidade de seu jeito , tudo isso pode ser compreendido no desenrolar de sua experiência . - uma história que vai descortinando , diante de nós , a maravilha do encontro com um Jesus próximo e , ao mesmo tempo , encantador e transformador . De fato , a história de João evidencia aquilo que Jesus conta em Suas parábolas : não importa em que tempo da vida alguém é chamado . Sendo jovem ou adulto , no começo ou no fim da própria história , o dom é o mesmo , a moeda é a mesma , a luz é a mesma . Não importa que João tivesse poucos anos , pouca experiência . Ele entrou no mistério e foi transformado por ele . Felizes os que conhecerem João Victor . Um jovem normal , um jovem simples , simplesmente do Reino ”.
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João Vitor : testemunho de uma vida plena e absolutamente simples

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