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HIDROCEFALIA
POR : MARÍLIA CAIO
H
idrocefalia (hidro = água
+ Céfalo = cabeça) é uma
condição que se carac-
teriza pelo acúmulo do líquido
cefalorraquidiano (LCR) nos
ventrículos cerebrais (cavidades
intercomunicantes localizadas em
áreas do encéfalo). Esse acúmulo
pode ser causado por um dese-
quilíbrio entre a produção e a
reabsorção do líquido cefalorra-
quidiano ou por algum tipo de
obstrução que impeça sua circu-
lação e drenagem. O fato é que o
excesso retido faz os ventrículos
cerebrais dilatarem, o que pode
provocar compressão e danos nas
estruturas encefálicas. A hidro-
cefalia na nossa comunidade é
chamada vulgarmente por cabeça
de sereia.
Causas
A hidrocefalia pode ser congênita
ou adquirida.
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A forma congênita está presente
no nascimento, mas pode ser
identificada dentro do útero
materno ou manifestar-se apenas
ao longo dos primeiros meses
de vida. Apesar de nem sempre
ser possível determinar a causa
exata do distúrbio, é certo que
estão envolvidos factores genéti-
cos e hereditários, assim como a
ocorrência de doenças infecciosas
durante a gestação.
A forma adquirida pode manife-
star-se em qualquer idade e ser
causada por infecções e tumores
cerebrais, traumatismos crania-
nos, hemorragias ou AVC entre
outras.
Classificação
A hidrocefalia pode ser classifi-
cada de acordo com a causa do
distúrbio:
1-
Hidrocefalia obstrutiva
ou não comunicativa – quando
há um bloqueio no sistema ven-
tricular que impede a circulação
do líquido cefalorraquidiano pelo
encéfalo e medula espinhal
2-
Hidrocefalia não obstru-
tiva ou comunicativa: O LCR
circula livremente. No entanto, a
reabsorção na corrente sanguínea
pode não ocorrer na proporção
adequada ou, num número
menor de casos, a produção do
fluido é excessiva.
3-
Hidrocefalia de pressão
normal idiopática (HPNI) – sem
causa definida, é mais comum nos
idosos.
Sinais e Sintomas: Em bebes
Crescimento rápido da cabeça e
alteração do formato do crânio
como resultado do acúmulo de
líquido nos ventrículos; Fontanela
dilatada, quando os ossos do crâ-
nio ainda não se soldaram; Olhar
de sol poente (olhos voltados para
baixo); Irritabilidade; Sonolência;
Atraso no desenvolvimento psico-
motor. Crianças maiores, ado-
lescentes e adultos jovens Dor de
cabeça; Perda de coordenação, do
equilíbrio e de outras habilidades
já anteriormente adquiridas; Náu-
seas e vômitos; Sonolência exces-
siva; Desatenção, irritabilidade;
Queda no desempenho escolar;
Convulsões. Idosos Demência
ou declínio mental, com perda
progressiva da memória; Instab-
ilidade para caminhar e lentidão
de movimentos; Dificuldade para
reter urina e urgência frequente
para urinar.
O tratamento: pode ser clínico
ou cirúrgico e devido a todo
comprometimento do paciente,
a fisioterapia entra como peça
fundamental para a reabilitação
e tratamento mais cedo possível
para ajudar na melhoria e recu-
peração do mesmo.
Intervenção/ Tratamento Fi-
sioterapêutica
Antes de qualquer intervenção é
fundamental estabelecer um pro-
grama de atendimento, fisioter-