Editorial / Reporteres em Ação
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Em jeito de editorial, deixo aqui um texto que pedi emprestado ao escritor Gabriel Garcia Marquez, sobre os benefícios do vício da leitura.
“O vício de ler tudo o que me caísse nas mãos ocupava o meu tempo livre e quase todo o das aulas. Podia recitar poemas completos do repertório popular que nessa altura eram de uso corrente (…), muitos deles aprendidos nos próprios textos do colégio. Estes conhecimentos extemporâneos na minha idade exasperavam os professores, pois cada vez que me faziam na aula qualquer pergunta difícil, respondia-lhes com uma citação literária ou com alguma ideia livresca que eles não estavam em condições de avaliar (…) Nunca tive que forçar a memória, pois os poemas e alguns trechos de boa prosa clássica ficavam-me gravados em três ou quatro releituras (…)
Lia nas aulas, com o livro aberto em cima dos joelhos e com tal descaramento que a minha impunidade só parecia possível devido à cumplicidade dos professores. A única coisa que não consegui com as minhas astúcias bem rimadas foi que me perdoassem a missa diária às sete da manhã. Além de escrever as minhas tolices, era solista no coro, desenhava caricaturas cómicas, recitava poemas nas sessões solenes e tantas coisas mais fora de horas e de lugar que ninguém entendia a que horas estudava. A razão era a mais simples: não estudava.”
Não precisava, porque tinha incrustado em mim o vício da leitura.
(Gabriel García Marquez – texto adaptado)
A árvore de natal
Natal sem árvore, pai natal, presépio, luzes, música e prendas, pode parecer mais triste e quase incompleto. Para uns, a escolha pode recair num ou noutro aspeto, para outros é feita na sua totalidade e, para alguns, pode nada acontecer!
Para nós, grupo da sala amarela do CEC, o natal é sempre uma oportunidade de redescobrir e comemorar uma data, que se pretende seja vivida em diversidade e diferenciada na sua abordagem, na organização dos recursos e dos materiais. Neste propósito, gostaria de poder revelar um pouco deste tempo que proporcionou trabalho individual, a pares, em pequeno e grande grupo e resultou na exploração de espaços, materiais e instrumentos, nas diferentes áreas de conteúdo e domínios, bem como, na sua articulação. Ao longo deste processo, sublinho a importância da partilha na sala e com a família, requisitos que reforçam este sentir de pertença e de cumplicidade.
Boas festas e um novo ano cheio de momentos plenos de bem estar!
A docente, Isabel Viegas
O grupo da Sala Amarela