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E encontro o mal Que me corrói E me destrói. Acabo de dobrar mais uma esquina, As luzes das vitrinas, O ronco dos motores, Os anúncios multicores Vão ficando para trás. Caminho, agora, por terras ilusórias, Levado pela mão do meu algoz. Confusas imagens contraditórias, Me trazem um sofrimento atroz. Nos densos campos de neblina, Já não percebo mais O chamado das buzinas, Nem o brilho dos faróis. Meninas heroínas, Puras, cristalinas, Bailam sedutoras Na ponta de uma lança fina. Prometem sonhos e viagens E ameaçam transformar Nossos jovens em heróis. Augusto Granja (setembro/94) BAIÃO Ritmo surgido no Nordeste, Teve um rei lá no sertão, Tinha a cara de lua Nosso querido Gonzagão. QUE SENTIMENTO É ESSE? Que nasce na alma, Penetra a razão E transcende as emoções? Queima feito fogo, Dilacerando o peito, Despedaçando o coração. Com sua sanfona branca Fazia gemer a multidão! Os homens remexiam os quadris E as mulheres o seu corpão! Sentimento cruel, Às vezes amarga feito fel. Verdadeiro horror... E o som se expandia  Este sentimento é o amor! O amor é força esmagadora,