2º Congresso Empresarial da Póvoa de Varzim RevistaWeb | Page 22
www.congressoempresarialpovoadevarzim.pt
25/26 OUTUBRO 2018 HOTEL AXIS VERMAR
22
O TURISMO
COMO ÂNCORA
E MODELO DE
SUSTENTABILIDADE
Numa altura em que o concelho da Póvoa de Varzim continua
a reforçar os seus polos de cultura e lazer, será fundamental
que os empresários locais demonstrem capacidade para atrair
uma parcela significativa do turismo que, anualmente, vem
crescendo no Porto e Douro.
A
o longo dos últimos anos, a Pó-
voa de Varzim tem vindo a po-
sicionar-se como importante
ponto turístico de Portugal. Essa é, re-
conhecidamente, uma das principais
estratégias do executivo municipal,
tentando com isso retirar dividendos
económicos das excelentes vias de co-
municação terrestres e marítimas que
servem a cidade, bem como da pro-
ximidade do aeroporto Francisco Sá
Carneiro – um dos mais bem cotados
a nível europeu.
Por aí têm entrado no país milhões
de visitantes em modo turístico, atra-
ídos sobretudo pelo charme e proje-
ção mundial da cidade do Porto e da
região do Douro. Tal não significará,
porém, que também daí não possam
ser retirados proveitos para a economia
local. Bem pelo contrário. Isso mesmo
poderá concluir-se nas indicações que
o presidente da Câmara Municipal tem
vindo a evidenciar nas suas interven-
ções públicas:
“Todos já percebemos que existe uma
nova oportunidade de negócio na
Póvoa de Varzim. Em 2016 houve 13
milhões de pessoas a aterrarem no
aeroporto Francisco Sá Carneiro, re-
presentando estadias superiores a três
dias. Isto é claramente uma enorme
oportunidade para a região do Grande
Porto. O destino natural será sempre
o Porto mas, sendo esta uma região
tão pequena e tão bem servida de
transportes públicos – como o metro-
politano de superfície e o aeroporto –,
teremos de trabalhar no sentido de fa-
zer com que esses turistas saiam para
além daquilo que é a cidade do Porto”.
Em termos turísticos esse será o prin-
cipal desafio à espera de uma resposta
bem concreta da parte dos empresá-
rios da Póvoa de Varzim. Uma vez mais,
o líder do executivo municipal – com
base em dados estatísticos recentes
–, aponta sem margem de erro qual
o percurso que deverá ser trilhado já
no presente, de forma a atrair para o
concelho uma fatia significativa desse
grande bolo turístico que entra anual-
mente no Porto e Douro:
“Há dados que nos indicam que os nos-
sos hotéis já têm tido taxas de ocupa-
ção entre os 80 e 90 por cento em me-
ses como março e abril, sendo que no
verão, essas taxas chegam aos 100 por
cento. Perante isto, será nossa função
fazer com que essas pessoas que nos
visitam, para lá da dormida, usufruam
do concelho e consumam na Póvoa
de Varzim, melhorando toda a rede de
negócios que existe à volta do setor do
Turismo”.
Essa terá de ser, obrigatoriamente, a
linha-mestra da estratégia de desen-
volvimento económico do concelho –
igualmente direcionada ao setor terci-
ário – até porque, em termos históricos,
nunca por cá se enraizou verdadeira-
mente qualquer tradição industrial.