Com a Semana de Arte Moderna, em 1922, evento
que reuniu na capital paulista intelectuais como
Tarsila do Amaral e Mário de Andrade, houve pela
primeira vez um questionamento sobre a joalheria
com identidade brasileira. Apesar dos movimentos
culturais buscarem uma identidade própria, assim
como também aconteceu na moda, a joalheria feita
no Brasil a inda seguia dos padrões europeus.
Nos anos 1940, surgiram nomes importantes no
varejo que ajudaram a propagar a ideia de uma joia
nacional, destacando especialmente a alegria e o brilho
das gemas brasileiras. Em paralelo pequenas oficinas
começam a trilhar uma história de sucesso na produção
de joias, dando início as primeiras indústrias do setor.
Artistas e designers também davam sua contribuição
ao setor, propagando suas criações em galerias de
artes e exposições, e transmitindo conhecimentos
e técnicas em escolas e ateliês. As joias ganharam
o mundo das artes e passaram a fazer parte da
bienal. As escolas de joalheria se multiplicaram
principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais, e o ofício que antes era transmitido apenas
de pai para filho, passou a ser ensinado para quem
tivesse interesse e aptidão.
Em 1977, foi criado o IBGM – Instituto Brasileiro
de Gemas e Metais Preciosos – para representar
nacionalmente os interesses de toda cadeia produtiva
do setor joalheiro, da mineração a confecção da
joia. O objetivo da entidade era unir esforços para
fazer com que o ramo se desenvolvesse de maneira
profissional a fim de conquistar espaço no mercado
mundial de joias e gemas.
Novos polos joalheiros, como o de São José do Rio
Preto, foram tomando vulto de norte a sul do Brasil.
As indústrias foram ganhando força e impondo uma
nova dinâmica ao mercado. As feiras de negócio se
tornaram obrigatórias para todos os profissionais que
buscavam lançamentos e novidades de um mercado
cada vez mais dinâmico e profissionalizado. O Brasil,
antes visto apenas como uma das maiores reservas
gemológicas do mundo, conseguiu mostrar para o
mundo que também sabe fazer joias. E que joias!!!
60
MEMÓRIA
memoria
Con la Semana de Arte Moderno, en 1922, un evento que
reunió en la capital paulista a intelectuales como Tarsila
do Amaral y Mário de Andrade, hubo por primera vez un
cuestionamiento sobre la joyería con identidad brasileña. A
pesar de que los movimientos culturales buscaban su propia
identidad, como también sucedió en la moda, la joyería
hecha en Brasil todavía seguía los estándares europeos.
En los años 1940 surgieron nombres importantes en el
comercio que ayudaron a propagar la idea de una joya
nacional, sobresaliendo especialmente la alegría y el brillo
de las gemas brasileñas. Paralelamente, pequeños talleres
empiezan a construir una historia de éxito en la producción
de joyas, lo que dio inicio a las primeras industrias del sector.
Artistas y diseñadores también contribuyeron con el
sector, al difundir sus creaciones en galerías de arte y
exposiciones, y transmitiendo conocimientos y técnicas
en escuelas y talleres. Las joyas conquistaron el mundo
del arte y pasaron a formar parte de la bienal. Las
escuelas de joyería se multiplicaron, principalmente en
Rio de Janeiro, São Paulo y Minas Gerais, y el oficio que
antes se transmitía nada más que de padre a hijo, pasó a
ser enseñado a los que tuvieran interés y aptitud.
En 1977 se creó el IBGM –Instituto Brasileño de Gemas
y Metales Preciosos–, para representar nacionalmente los
intereses de toda la cadena productiva del sector de joyas,
desde la explotación minera a la elaboración de la joya. El
objetivo de la entidad era unir esfuerzos para hacer que el
rubro se desarrollara de manera profesional con el fin de
conquistar espacio en el mercado mundial de joyas y gemas.
Nuevos polos joyeros, como el de São José do Rio
Preto, fueron tomando forma de norte a sur de Brasil.
Las industrias fueron adquiriendo fuerza e imponiendo
una nueva dinámica al mercado. Las ferias de negocios
se hicieron obligatorias para todos los profesionales que
buscaban lanzamientos y novedades en un mercado cada
vez más dinámico y profesionalizado. Brasil, que antes era
visto solo como una de las reservas gemológicas más
grandes del mundo, logró mostrar al mundo que también
sabe hacer joyas. ¡Y qué joyas!