29ª AJORESP | Page 62

Com a Semana de Arte Moderna, em 1922, evento que reuniu na capital paulista intelectuais como Tarsila do Amaral e Mário de Andrade, houve pela primeira vez um questionamento sobre a joalheria com identidade brasileira. Apesar dos movimentos culturais buscarem uma identidade própria, assim como também aconteceu na moda, a joalheria feita no Brasil a inda seguia dos padrões europeus. Nos anos 1940, surgiram nomes importantes no varejo que ajudaram a propagar a ideia de uma joia nacional, destacando especialmente a alegria e o brilho das gemas brasileiras. Em paralelo pequenas oficinas começam a trilhar uma história de sucesso na produção de joias, dando início as primeiras indústrias do setor. Artistas e designers também davam sua contribuição ao setor, propagando suas criações em galerias de artes e exposições, e transmitindo conhecimentos e técnicas em escolas e ateliês. As joias ganharam o mundo das artes e passaram a fazer parte da bienal. As escolas de joalheria se multiplicaram principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e o ofício que antes era transmitido apenas de pai para filho, passou a ser ensinado para quem tivesse interesse e aptidão. Em 1977, foi criado o IBGM – Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos – para representar nacionalmente os interesses de toda cadeia produtiva do setor joalheiro, da mineração a confecção da joia. O objetivo da entidade era unir esforços para fazer com que o ramo se desenvolvesse de maneira profissional a fim de conquistar espaço no mercado mundial de joias e gemas. Novos polos joalheiros, como o de São José do Rio Preto, foram tomando vulto de norte a sul do Brasil. As indústrias foram ganhando força e impondo uma nova dinâmica ao mercado. As feiras de negócio se tornaram obrigatórias para todos os profissionais que buscavam lançamentos e novidades de um mercado cada vez mais dinâmico e profissionalizado. O Brasil, antes visto apenas como uma das maiores reservas gemológicas do mundo, conseguiu mostrar para o mundo que também sabe fazer joias. E que joias!!! 60 MEMÓRIA memoria Con la Semana de Arte Moderno, en 1922, un evento que reunió en la capital paulista a intelectuales como Tarsila do Amaral y Mário de Andrade, hubo por primera vez un cuestionamiento sobre la joyería con identidad brasileña. A pesar de que los movimientos culturales buscaban su propia identidad, como también sucedió en la moda, la joyería hecha en Brasil todavía seguía los estándares europeos. En los años 1940 surgieron nombres importantes en el comercio que ayudaron a propagar la idea de una joya nacional, sobresaliendo especialmente la alegría y el brillo de las gemas brasileñas. Paralelamente, pequeños talleres empiezan a construir una historia de éxito en la producción de joyas, lo que dio inicio a las primeras industrias del sector. Artistas y diseñadores también contribuyeron con el sector, al difundir sus creaciones en galerías de arte y exposiciones, y transmitiendo conocimientos y técnicas en escuelas y talleres. Las joyas conquistaron el mundo del arte y pasaron a formar parte de la bienal. Las escuelas de joyería se multiplicaron, principalmente en Rio de Janeiro, São Paulo y Minas Gerais, y el oficio que antes se transmitía nada más que de padre a hijo, pasó a ser enseñado a los que tuvieran interés y aptitud. En 1977 se creó el IBGM –Instituto Brasileño de Gemas y Metales Preciosos–, para representar nacionalmente los intereses de toda la cadena productiva del sector de joyas, desde la explotación minera a la elaboración de la joya. El objetivo de la entidad era unir esfuerzos para hacer que el rubro se desarrollara de manera profesional con el fin de conquistar espacio en el mercado mundial de joyas y gemas. Nuevos polos joyeros, como el de São José do Rio Preto, fueron tomando forma de norte a sur de Brasil. Las industrias fueron adquiriendo fuerza e imponiendo una nueva dinámica al mercado. Las ferias de negocios se hicieron obligatorias para todos los profesionales que buscaban lanzamientos y novedades en un mercado cada vez más dinámico y profesionalizado. Brasil, que antes era visto solo como una de las reservas gemológicas más grandes del mundo, logró mostrar al mundo que también sabe hacer joyas. ¡Y qué joyas!