242 anos de clicks: a soma das histórias de sucesso 242_anos_de_clicks_completo | Page 59
Em 1980, em uma pauta para a revista, Marco Cezar co-
nheceu José Matusalém Comelli, dono do jornal O Estado,
que convidou MC para trabalhar no jornal. Acostumado com
primeiras-damas, pessoas ricas e eventos de gala, seus com-
panheiros de redação não acreditaram que ele se manteria
como fotojornalista, principalmente, depois de ver o primeiro
corpo de um morto e também a primeira exumação, que ele
consegue lembrar até hoje pelo cheiro ruim que sentiu no dia.
Contrariando as expectativas, Marco ficou no jornal até
os anos 2000, trabalhando em diferentes áreas, como política,
polícia/crime, coluna social e cotidiano da cidade. Ter contato
com os delegados fez com que sempre tivesse informações
privilegiadas de certos crimes e incidentes, como os casos de
farra do boi e a invasão de taxistas a uma delegacia depois de
uma série de assassinatos contra esses trabalhadores.
Um dos seus principais furos jornalísticos foi em uma
das saídas, na busca da foto de capa do jornal sobre o Cometa
Harley, ouviu na rádio que o policial militar Silvio Roberto
Vieira invadira a TV Cultura e com uma arma na cabeça do
apresentador Roberto Alves, pedindo aumento no salário da
PM. Marco teve acesso ao lado de dentro do estúdio e ainda
conseguiu emplacar as duas fotos.
Também esteve presente no caso Norton (quando as-
sassinaram o colunista social Norton Batista da Silva e
o caso nunca teve solução até hoje, 28 anos depois). Tão
presente que foi apontado como culpado por ter chego tão
rápido na cena do crime. Mas os relatórios do bip confirma-
ram que sua mulher ligou para contar o ocorrido e ele só
estava perto do local.
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