1ª Edição Revista Jurídica IBPD Primeira_Edicao_Revista_Juridica_IBPD | Page 106

Revista Jurídica do Instituto Brasil – Portugal de Direito Estudos em homenagem ao Prof. Dr. Paulo Ferreira da Cunha 1ª Edição Fonte: Compilação da autora a partir de Fabio Milman. 123 Com relação ao primeiro critério de classificação – posição ocupada pelos litisconsortes no processo – diz-se que o litisconsórcio poderá ser ativo, passivo ou misto, a depender do polo no qual estiver instalado. 124 Portanto, ele será ativo se houver mais de um autor litigando com um único réu. Por outro lado, o litisconsórcio passivo ocorrerá quando a relação jurídica processual for composta por apenas um autor e existir mais de um sujeito figurando como réu. Já o litisconsórcio misto decorrerá da presença de dois ou mais indivíduos em ambos os polos do processo. 125 Quanto ao momento de formação do litisconsórcio, pode ser classificado em inicial ou ulterior. Denomina-se de litisconsórcio inicial aquele que se forma contemporaneamente à propositura da ação. Do contrário, quando a sua formação ocorre em algum momento diferente desse, ocasiona-se o litisconsórcio ulterior ou superveniente. 126 O terceiro critério de classificação refere-se à necessariedade e à facultatividade do litisconsórcio. Segundo Fabio Milman, esse parâmetro “respeita, de um lado, a uma imposição, ou legal, ou advinda do plano do próprio direito material, e, de outro, a conveniência dos sujeitos” quanto à formação do litisconsórcio. 127 Assim, tem-se que, 123 MILMAN, Fabio. Partes, procuradores, litisconsórcio e intervenção de terceiros. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p. 49-51. 124 GRECO, Leonardo. Instituições de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2015, v. 1: Introdução ao Direito Processual Civil, p. 460. 125 WAMBIER, Luiz Rodrigues; TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil. 15. ed. rev. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, v. 1: Teoria geral do processo e processo de conhecimento, p. 348. 126 CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 22. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2012, v. 1, p. 172. 127 MILMAN, Fabio. Partes, procuradores, litisconsórcio e intervenção de terceiros. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p. 49. 106