ANO
11
EDIÇÃO
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PÁGINA
Frente a Frente com Lucilene Paiva
-L. Paiva: Qual foi a sensação de
ver o Olga construído e ver ser
escolhida por diversos alunos.
Entrevista realizada com a diretora da
Escola Oscar Ramos Bertoldo Márcia
Garcia.
Legal aqui é o fato de varrerem as salas.
-M. Garcia: A gente temos que entre-
gar o lugar como recebeu, ou entregar o
lugar sem o meu lixo. Seu cuidasse do
meu quadrado, não precisaria varrer o
chão.
L. Paiva: Quanto a falta de professores,
importante expor que a direção está
“correndo” atrás de soluções.
M. Garcia: Me perguntaram, inclusive a
rádio Spaço FM, “só o Olga tem proble-
ma de falta de professores?”, não só o
Olga foi para a mídia, não vou camuflar
o problema, se estamos trabalhando que-
remos soluções, nossa realidade é esta.
ser aceita pois eu como gestora era desa-
creditada e na questão educacional teve
um crescimento muito grande fazendo
que os professores se sintam pertencente
a escola e ao grupo de trabalho. A escola
cresceu muito em relação a valores hu-
manos, isto nos difere de outras escolas
grandes.
L. Paiva: Então o Olga é hoje uma famí-
lia?
M. Garcia: Acredito que sim, por que
quem está aqui, gosta, e quer estar aqui.
L. Paiva: Algo a dizer para os alunos e
professores que compõe o Olga.
-M. Garcia: Muito bom, já que
estou aqui desde do início, os pais
chegam na escola e relatam que é
“agradável, ambiente bom, acolhe-
dor”, isto faz valer a pena tudo o
que a gente passa tentando melho-
rar o ambiente,..., ver os alunos saindo
das escolas do centro, que geralmente
ninguém quer estudar em escola de
bairro, tendo esta escolha pelo o ambi-
ente ser bom, mesmo com falta de pro-
fessores, é bom ver o resultado e que
nada é em vão.
Faltam nove disciplinas de quinze
necessários, e como vou fechar os
olhos? Se eu deixar nunca será resol-
vido.
Um pai ligou pra a CRE e não acredi-
tei o que falaram para ele, “quais as
disciplina que estão faltando”, se des-
de de dezembro estou mandando qua-
dro solicitando professor e não sabem
ainda quais disciplinas que faltam.
Como vou esconder o problema? É
angustiante, e sabendo que o banco do
RH tem professores.
L. Paiva: Os alunos ficam sem profes-
sores e os professores ficam sem tra-
balho.
M. Garcia: Ahhh!!! “Sonhar”, tenho a
dizer “gratidão” pelo grupo de profes-
sores e esta gratidão estende-se a to-
dos, pois cada um tem sua importân-
cia.
L. Paiva: Obrigada pelo tempo dispo-
nível.
-L. Paiva: É gratificante ver a es-
cola que vocês professores lutaram
para construir ser uma das melhores
escola de Farroupilha?
-M. Garcia: OPA! Vocês conside-
ram? È triste quando ouvimos o
contrário, alunos aqui tentando de-
negrir a escola , se falam mal do
lugar onde estou, eu também sou
isto que estou falando. Mas teve um
grupo de alunos que batalhou para
tentar reverter esta situação e mos-
trar que o Olga não era aquilo que a
mídia colocava.
-L. Paiva: Uma coisa que bem
L. Paiva: Quais foram os desafios
que você encontrou no inicio co-
mo diretora?
M. Garcia: Desafio foi realmente
mostrar que o Olga não era o que
a sociedade falava, aquela ima-
gem obscura, escola de bairro, só
tem bandido.
L. Paiva: Um pouco da escola, e
da caminhada que vocês professo-
res enfrentaram nestes 15 anos da
Escola Olga Ramos Brentano.
M. Garcia: “As mudanças”, falta
de professores, criação do terceiro
turno, no inicio era somente tarde
“...na minha época éramos
rejeitados toda hora, o não
eram comum, ninguém foi
criado agora para receber
um não.” Márcia Garcia
“As crianças hoje são ór-
fãos de pais vivos.”
Márcia Garcia
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