1ª Edição ANO I edição especial | Page 3

ANO 11 EDIÇÃO 02 PÁGINA Frente a Frente com Lucilene Paiva -L. Paiva: Qual foi a sensação de ver o Olga construído e ver ser escolhida por diversos alunos. Entrevista realizada com a diretora da Escola Oscar Ramos Bertoldo Márcia Garcia. Legal aqui é o fato de varrerem as salas. -M. Garcia: A gente temos que entre- gar o lugar como recebeu, ou entregar o lugar sem o meu lixo. Seu cuidasse do meu quadrado, não precisaria varrer o chão. L. Paiva: Quanto a falta de professores, importante expor que a direção está “correndo” atrás de soluções. M. Garcia: Me perguntaram, inclusive a rádio Spaço FM, “só o Olga tem proble- ma de falta de professores?”, não só o Olga foi para a mídia, não vou camuflar o problema, se estamos trabalhando que- remos soluções, nossa realidade é esta. ser aceita pois eu como gestora era desa- creditada e na questão educacional teve um crescimento muito grande fazendo que os professores se sintam pertencente a escola e ao grupo de trabalho. A escola cresceu muito em relação a valores hu- manos, isto nos difere de outras escolas grandes. L. Paiva: Então o Olga é hoje uma famí- lia? M. Garcia: Acredito que sim, por que quem está aqui, gosta, e quer estar aqui. L. Paiva: Algo a dizer para os alunos e professores que compõe o Olga. -M. Garcia: Muito bom, já que estou aqui desde do início, os pais chegam na escola e relatam que é “agradável, ambiente bom, acolhe- dor”, isto faz valer a pena tudo o que a gente passa tentando melho- rar o ambiente,..., ver os alunos saindo das escolas do centro, que geralmente ninguém quer estudar em escola de bairro, tendo esta escolha pelo o ambi- ente ser bom, mesmo com falta de pro- fessores, é bom ver o resultado e que nada é em vão. Faltam nove disciplinas de quinze necessários, e como vou fechar os olhos? Se eu deixar nunca será resol- vido. Um pai ligou pra a CRE e não acredi- tei o que falaram para ele, “quais as disciplina que estão faltando”, se des- de de dezembro estou mandando qua- dro solicitando professor e não sabem ainda quais disciplinas que faltam. Como vou esconder o problema? É angustiante, e sabendo que o banco do RH tem professores. L. Paiva: Os alunos ficam sem profes- sores e os professores ficam sem tra- balho. M. Garcia: Ahhh!!! “Sonhar”, tenho a dizer “gratidão” pelo grupo de profes- sores e esta gratidão estende-se a to- dos, pois cada um tem sua importân- cia. L. Paiva: Obrigada pelo tempo dispo- nível. -L. Paiva: É gratificante ver a es- cola que vocês professores lutaram para construir ser uma das melhores escola de Farroupilha? -M. Garcia: OPA! Vocês conside- ram? È triste quando ouvimos o contrário, alunos aqui tentando de- negrir a escola , se falam mal do lugar onde estou, eu também sou isto que estou falando. Mas teve um grupo de alunos que batalhou para tentar reverter esta situação e mos- trar que o Olga não era aquilo que a mídia colocava. -L. Paiva: Uma coisa que bem L. Paiva: Quais foram os desafios que você encontrou no inicio co- mo diretora? M. Garcia: Desafio foi realmente mostrar que o Olga não era o que a sociedade falava, aquela ima- gem obscura, escola de bairro, só tem bandido. L. Paiva: Um pouco da escola, e da caminhada que vocês professo- res enfrentaram nestes 15 anos da Escola Olga Ramos Brentano. M. Garcia: “As mudanças”, falta de professores, criação do terceiro turno, no inicio era somente tarde “...na minha época éramos rejeitados toda hora, o não eram comum, ninguém foi criado agora para receber um não.” Márcia Garcia “As crianças hoje são ór- fãos de pais vivos.” Márcia Garcia 3