1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 440
3. Na frente econômica: resistência à política de privilégios
para o setor monopolista da economia (principalmente os
estímulos ao capital estrangeiro); resistência à entrega
das riquezas naturais brasileiras, resistência à desnacionalização das empresas brasileiras; e luta em defesa da
Petrobrás e das empresas estatais.
4. Na frente cultural: luta pela liberdade de criação e de
pesquisa; resistência ao terror cultural e à censura ao
trabalho de criação artística, de divulgação e de
informação.
5. Na frente eleitoral: luta para dar aos partidos políticos
liberdade para escolher seus candidatos, livres da interferência do governo e da pressão dos órgãos de informação; luta para assegurar a liberdade de propaganda para
os candidatos, com a realização de comícios e garantia
de acesso aos meios de informação de massas; luta para
estabelecer contato com todas as correntes, partidos e
grupos de oposição na GB e, antes de tudo, com o MDB
e os católicos.
6. Na frente de solidariedade: organização de ajuda aos
presos e suas famílias; denúncia sistemática das torturas;
luta para garantir a assistência jurídica aos processados.
7. Na frente das liberdades civis: luta pelo restabelecimento
do habeas-corpus. Aferrando-nos a essas linhas, iremos
pacientemente reestruturando e recriando, nas difíceis
condições atuais, as grandes correntes do movimento
político de massas da Guanabara, o movimento operário
e sindical, o movimento estudantil, o movimento cultural
e o movimento de funcionários públicos e empregados.
Essa atividade deve ter como suporte um trabalho de propaganda forte e bem estruturado. Isto é indispensável ao aprendizado político das massas e concorrerá para despertar no povo um
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1964 – As armas da política e a ilusão armada