1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 415
forças sociais que já agora participam da luta anti-imperialista, em
grande parte influenciadas pela estreiteza nacionalista.
O VI Congresso manifesta-se contra as teses errôneas defendidas por dirigentes do PC da China, as quais se chocam, em questões importantes, com a orientação elaborada coletivamente pelo
movimento comunista internacional e rompem com o marxismo-leninismo e as normas de ação dos partidos comunistas.
Fiéis aos ideais humanistas dos fundadores da nossa doutrina,
recusamo-nos a considerar que uma guerra, que precipitaria os
povos numa catástrofe nuclear, seja o único meio de fazer triunfar o
socialismo. Ao repudiar esta tese e outras igualmente errôneas,
defendidas por Mao Tsé-tung e seu grupo, não podemos esconder a
preocupação que sentimos diante de certos aspectos dos acontecimentos que, sob a denominação de grande revolução cultural proletária, hoje se desenrolam na China Popular. São completamente
estranhas ao marxismo tanto a negação de toda a cultura nacional,
da cultura clássica e moderna, como a concepção militar com que se
pretende orientar a vida do Partido e o culto a Mao Tsé-tung.
A todos os apelos à superação das divergências, responderam os dirigentes chineses acentuando seus esforços no sentido da
cisão do movimento comunista internacional e das organizações
operárias e democráticas mundiais. Negam-se à ação unida para a
luta contra o imperialismo e chegam para tanto ao absurdo de
acusar o governo soviético e o PCUS de conivência com os imperialistas dos Estados Unidos para evitar, como afirmam, o desenvolvimento dos movimentos de libertação.
O Partido Comunista Brasileiro, que repudia as teses daqueles dirigentes chineses, manifesta sua certeza de que o povo chinês
e o cerne efetivamente proletário do Partido Comunista da China
saberão encontrar as forças que lhes permitirão reatar os laços de
solidariedade e de unidade com o movimento comunista mundial.
O VI Congresso estranha os ataques gratuitos a nosso Partido
que se sucedem na imprensa cubana, inclusive no diário Granma,
órgão do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba. Considera
VI Congresso do PCB – dezembro de 1967
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