1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 238
mas a ação foi extinta porque tinha o selo da “revolução”, melhor
dizendo, do golpe contra a democracia.8
Não se poderá desprezar a ação dos sindicalistas marcadamente direitistas e entidades ligadas ao golpe, como o Movimento
Sindical Democrático, o Movimento Renovador Sindical, a União
Sindical Independente, organizações parassindicais como o Instituto Cultural do Trabalho, vinculado ao Instituto Americano para
o Desenvolvimento do Sindicalismo Livre (Iadesil); figuras como
Ary Campista e Deocleciano Cavalcanti, que dirigiram a CNTI;
pelegos como Geraldo Santana de Oliveira, borracheiro de São
Paulo; Luiz Menossi, da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil; Afonso José Teixeira, da Federação dos Trabalhadores
em Transportes; e tantos outros. E também a ação do Sesi, da
Fiesp, de delegados do Trabalho, como o general Moacyr Gaya e
Aluysio Simões de Campos.
8
Com ele foram demitidos Ênio Santos, Herivelto Martins, Dias Gomes, Gerdal dos
Santos, Heitor dos Prazeres, Hemílcio Fróes, José Gomes Talarico, José Luiz Rodrigues Neves (Jararaca, da dupla Jararaca e Ranchinho)¸ Mario Brasini, Marion,
Oduvaldo Vianna pai e filho (Vianinha), Paulo Gracindo e Gracindo Júnior, Wanda
Lacerda, Teixeira Filho, Paulo Roberto, Jorge Goulart, João Alves Saldanha, Nora
Ney, Dinah Silveira de Queiroz, Lolita França, Giuseppe Chiaroni, Alceu Bocchino,
Rodolfo Mayer, Paulo Roberto, Isis de Oliveira, Jorge Veiga, dentre outros. Delator o
animador de auditório Cesar de Alencar (Mário Lago, Bagaço de beira-estrada, São
Paulo: Civilização Brasileira, 1977, p.233 e ss.).
236
1964 – As armas da política e a ilusão armada