1964 As armas da política e a ilusão armada | Page 236

Foram 4.880 atos de exceção atentando contra a democracia, a cidadania, de aposentadoria ou de extinção do benefício, de banimento, disponibilidade, demissão, destituição e dispensa de função, rescisão de contratos de trabalho, exclusão, exoneração, reforma, transferência para a reserva, cassação de mandatos parlamentares e de direitos políticos.6 Foram atingidos os dirigentes autênticos, as principais lideranças do CGT.7 Falta listar os sindicalistas que tiveram seus mandatos cassados e substituídos por interventores nomeados pelo Ministério do Trabalho. A ditadura militar foi mais do que repressiva, depois de sufocar os sindicatos de resistência, destituir, processar e prender seus dirigentes mais expressivos procurou desviar o rumo para o assistencialismo. Um de seus agentes, general Emílio Garrastazu Médici, proferiu esta pérola: “É nosso objetivo encorajar e revitalizar a vida sindical. (...) Não vemos o sindicato apenas como o consultório médico, o laboratório e a clínica, mas também buscamos a escola sindical, o centro cívico para recreação, esportes e cultura, bem como a cooperativa de consumo, para a qual daremos 6 7 gigangas espalhadas numa toalha sobre o chão; pedi ao patriarca do clã dos Ermírio de Morais (senador pelo PTB de João Goulart e seu ministro da Agricultura) que permitisse a Adelço retornar a seu emprego na Companhia Nitro Química, sequer nos respondeu. Anos depois, sofreu intervenção o Sindicato dos Motoristas (Alcídio Boano, José Rodrigues de Sousa, Firmino _____, Diogo Baeza) Atos Institucionais. Sanções Políticas. Compilação de Paulo Affonso Martins de Oliveira. Brasília: Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. Disponível em: . Acesso em 06/09/2013. Clodsmith Riani, Hercules Correa dos Reis, Dante Pelacani, Oswaldo Pacheco da Silva, Humberto Menezes Pinheiro, Ubaldino Santos, Raphael Martinelli, Raimundo Castelo de Souza, Rubens Pinho Teixeira, Felipe Ramos Rodrigues, Álvaro Ventura. Antonio Pereira Netto, João Batista Gomes, Ademar Latrilha, Feliciano Honorato Wanderley, Luiz Viegas da Mota Lima, Severino Schnaipp, Meçando Rachid, Newton Oliveira, Demistócles Baptista, Roberto Morena, Benedito Cerqueira, Humberto Melo Bastos, Aluisio Palhano Pedreira Ferreira, Salvador Romano Lossaco, Olympio Fernandes de Mello, Mario Soares Lima, Adão Pereira Nunes, Sinval Palmeira, Gregório Bezerra, Manoel Vicente Ferreira, José da Rocha Mendes Filho, Guarino Fernandes dos Santos, Oswaldo Lourenço, Pedro Francisco Iovine, Diógenes Alves, Jarbas Miranda de Santana, Raimundo Ramos Reis, Walter da Mata, Washington José de Souza, Hélio Marques da Silva, Carlos Sá Pereira, Armando Ziller, Nestor Vera, Osmildo Stafford da Silva, Adelino Casais. 234 1964 – As armas da política e a ilusão armada