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A sociedade contemporânea é de fato a sociedade que vem sendo alicerçada dia a dia pelas inovações tecnológicas mutáveis, pela interatividade, pela comunicação e pela midiatização desenfreada. Que por sua vez usa o universo virtual e a mídia como ferramenta imprescindível para o consumo voraz destes produtos e serviços. Segundo Santaella (2015),
[...] o surgimento da internet e o desdobramento de suas plataformas que evidenciaram a incipiência dos graus de liberdade permitidos pela cultura das mídias, pois nesta não haviam ainda soado os sinos da interatividade, participação e da junção da informação e do entretenimento nas mídias do infoentretenimento que estão tirando o sono de muitos educadores. (SANTAELLA, 2015, p. 5).
Santaella fala da mudança que este processo pode trazer para a cultura: (...) quanto mais as mídias se multiplicam mais aumenta a movimentação e interação ininterrupta das mais diversas formas de cultura, dinamizando as relações entre diferenciadas espécies de produção cultural. A multiplicação das mídias tende a acelerar a dinâmica dos intercâmbios entre as formas eruditas e populares, eruditas e de massa, populares e de massa, tradicionais e
modernas, etc.
(Santaella, 1996:31)
Tais mudanças de hábitos e valores da sociedade possivelmente resultaram em novos comportamentos sociais e movimentos de transformação da cultura e da identidade cultural. Posto que Canclini (2007, p. 41) entende a cultura como um “[...] processo de significação. [...] que abarca o conjunto de processos sociais de produção, circulação e consumo da significação na vida social”.
Sobre essa nova configuração da sociedade contemporânea Castells (2000) salienta que a sociedade em rede é composta por diversos fatores, que culminou em uma nova estrutura sociocultural.
A revolução da tecnologia da informação e a reestruturação do capitalismo introduziram uma nova forma de sociedade, a sociedade em rede. Essa sociedade é caracterizada pela globalização das atividades econômicas decisivas do ponto de vista estratégico, por sua forma de organização em redes; pela flexibilidade e instabilidade do emprego e pela individualização da mão de obra. Por uma cultura de virtualidade real construída a partir de um sistema de mídia onipresente, interligado e altamente diversificado. (CASTELLS, 2000, p. 17).
Entretanto, para Lévy (1999, p. 7), “[...] novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática”. Posto isso, a sociedade em rede proporcionou a criação de ‘atalhos’ em níveis globais e, por conseguinte, para a diversidade cultural mundial, conectando, através dos meios de comunicação e tecnológicos, quase tudo e quase todos. Segundo Hall (2006, p. 74), “[...] é difícil conservar as identidades culturais da sociedade contemporâneas intactas ou impedir que elas se tornem enfraquecidas através do bombardeamento e da infiltração cultural”.
Editorial